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Região ocupada nos Flexais registra aumento de rachaduras após tremores no Mutange

Ilhados, moradores temem pelo futuro e aguardam posicionamento da Defesa Civil

Por Redação* 09/11/2023 10h10 - Atualizado em 09/11/2023 18h06
Região ocupada nos Flexais registra aumento de rachaduras após tremores no Mutange
Região ocupada nos Flexais registra aumento de rachaduras após tremores no Mutange - Foto: Reprodução

Os dois tremores de terra registrados na região do bairro do Mutange, na última segunda-feira (6) provocaram aumento em rachaduras de casas na região dos Flexais de cima e de baixo e na rua Marquês de Abrantes, em Bebedouro. Os dois locais são áreas habitadas e os moradores perceberam os incidentes após o evento sismológico. 

A região dos Flexais estão passando por um processo de ilhamento social, já que a região fica ao lado da área de Bebedouro, desocupada devido ao afundamento de solo causado pela Braskem.

“Depois que houve esse abalo de segunda-feira e o boato que desde quinta-feira passada a Braskem tinha parado as atividades, aconteceu isso de rachar piso e paredes. Estamos aqui sem sossego, com medo de um desastre maior do que o que já aconteceu”, disse o morador Valdemir Alves à Tribuna Independente.

A casa da autônoma Maria Cícera já tinha rachaduras, mas a situação piorou após os tremores. “Na última semana elas aumentaram e surgiram novas, tanto no piso quanto na parede. Eu não senti nada, mas quando a gente está limpando a casa é que percebe. Eu nem chamo mais a Defesa Civil porque já veio umas três vezes aqui, disse que ia estudar e depois me dar uma resposta, mas, até hoje, não disseram nada. A situação vai piorando e o medo vai aumentando. Tenho medo dela afundar e cair na hora que eu estiver dormindo”, disse ela.

Foto: Cortesia/ Ascom Defensoria

O aposentado Tayrone de Melo relatou à Tribuna Independente, que seu imóvel também apresenta rachaduras. “Não tem um canto na minha casa que não tenha rachadura e sempre tem novidade, sempre surge uma nova ou piora uma que já existia. A casa está rachada e trincada em todo canto. Chamei a Defesa Civil, vieram aqui em abril, fui lá me informar e mandaram ir outro dia, mas até agora não me entregaram o laudo”, disse ele.

Os moradores aguardam o posicionamento do poder público com providências de realocação. A dona de casa Rose Avelino, mora de aluguel em uma casa cheia de rachaduras, na Marquês de Abrantes. Sem condições de pagar outro local, ela comenta o medo de tragédias acontecerem no local. “Eu vou para onde com meus filhos? A gente espera pela Justiça, que tire a gente daqui, desse isolamento e risco de desastre a qualquer momento”, disse Rose.

Foto: Reprodução/ Folha de Alagoas

*Com Tribuna Independente