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SMS alerta população sobre riscos da raiva e reafirma importância de vacinar animais
Infecção viral pode trazer sérias consequências aos mamíferos, podendo levar à morte em quase 100% dos casos
Transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, a raiva é uma infecção viral grave que pode levar quase 100% das vítimas da doença à morte. A enfermidade, que acomete apenas mamíferos, pode ser transmitida por animais como cães, gatos, raposas e morcegos por meio da mordedura, arranhadura ou lambedura desses bichos.
O período de incubação do vírus, que afeta agressivamente o sistema nervoso central, varia de acordo com a espécie, podendo ser apenas alguns dias ou até mesmo anos. Entretanto, a morte do mamífero infectado tende a acontecer entre 5 e 10 dias do início dos primeiros sintomas clínicos.
Diante do alto índice de letalidade apresentado pela enfermidade, a Saúde de Maceió orienta sobre cuidados que maceioenses devem ter para prevenção da raiva.
“Sabemos que levar os animais para serem imunizados contra a raiva, todos os anos, é a forma mais efetiva de se prevenir a transmissibilidade da doença. Entretanto, há outros cuidados que o maceioense pode tomar para evitar o contágio, como, por exemplo, não tocar em morcegos (vivos ou mortos); evitar contato com animais estranhos ou que estejam feridos; nunca tentar retirar animais silvestres de seu habitat natural; levar animais de estimação a consultas periódicas com veterinário e não deixar bichos saírem à rua desacompanhados”, explicou o técnico da Diretoria de Vigilância em Saúde, Carlos Eduardo da Silva.
O chefe especial da Unidade de Vigilância de Zoonoses, Dário Guedes, alerta, ainda, para o fato de que a imunização contra a raiva só alcança animais de estimação (cães e gatos) e de produção. Animais silvestres não recebem imunização e, por este motivo, o profissional reforça a necessidade da cautela com relação a esses bichos.
“Se qualquer maceioense encontrar animais como saguis, raposas ou morcegos alertamos para que mantenha distância, pois são bichos com grande probabilidade de estarem acometidos por zoonoses, já que não conseguimos vacinar esses animais”, explicou Dário.
Cuidados após exposição a acidente ocasionado por animal
Após exposição a ferimentos ocasionados por animal, o maceioense deve se dirigir, imediatamente, à Unidade de Pronto Atendimento mais próxima para receber o atendimento inicial que poderá envolver a realização de esquema vacinal contra a raiva e administração do soro antirrábico, a depender da gravidade do caso.
“Alertamos todos aqueles que sofrerem qualquer tipo de acidente ocasionado por animais para que lave bem o ferimento com água e sabão neutro e procure, o mais rápido possível, a UPA mais próxima. Só depois desse primeiro atendimento, se necessário, é que o usuário dará continuidade a seu acompanhamento em unidades de referência da cidade”, concluiu Dário Guedes.
Casos de raiva em Maceió
Em Maceió, há muitos anos não se tem conhecimento de nenhum caso de raiva em humanos. O último caso da enfermidade em animais detectado na cidade aconteceu em 2020, quando um cão da área rural apresentou resultado positivo para a doença. Na ocasião, a Unidade de Vigilância de Zoonoses de Maceió realizou todos os procedimentos de saúde necessários e um bloqueio vacinal em toda a região circunvizinha ao local onde era o habitat do animal para garantir que nenhum outro animal ou humano fossem infectados.
Campanha de vacinação antirrábica
Para intensificar o combate à raiva em Maceió, a Saúde iniciou, no último dia 11, a campanha de vacinação antirrábica na cidade. Durante três meses, o órgão percorrerá os bairros da capital com oferta do imunizante contra a doença para animais dos oito distritos sanitários, contemplando localidades das partes baixa e alta da cidade. A campanha é coordenada pela Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ), que prevê imunizar, em média, 120 mil animais em toda Maceió.
Amanhã (18), equipes da UVZ levarão o imunizante contra a raiva a 20 localidades da parte alta da cidade. A mobilização ocorrerá das 8h às 17h nos dois dias, com previsão de contemplar uma média de 40 mil cães e gatos das regiões. Confira locais de vacinação aqui.