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Mutange: Defesa Civil fala em risco de colapso de minas na região da Braskem

Nota da entidade foi divulgada na tarde desta quarta-feira (29) orientando a população a não transitar na região do antigo campo do CSA

Por Raphael Medeiros 29/11/2023 11h11 - Atualizado em 29/11/2023 15h03
Mutange: Defesa Civil fala em risco de colapso de minas na região da Braskem
Vista aérea do bairro do Mutange, em Maceió - Foto: Divulgação

A Defesa Civil de Maceió divulgou, nesta quarta-feira (29), uma nota de precaução. No texto, a entidade comenta que uma das minas, localizada próxima ao antigo campo do CSA está em risco iminente de colapso. 

A mina em questão, é uma das que estão sendo preenchidas com areia, pela Braskem, mineradora culpada pela desapropriação dos bairros atingidos. 

Na nota, o órgão diz que, devido aos agravamento dos tremores de terra, na região, constatados nos últimos dias, os entornos do antigo centro de treinamento do CSA não devem ser frequentados. 

Na beirada da lagoa Mundaú, as embarcações devem se precaver e não transitar pelo local. A Defesa Civil também solicitou que a população não trafegue pelo trecho, por mais necessário que seja. O risco de colapso das minas é um alerta geral, que preocupa os moradores que ainda residem nos entornos dos bairros atingidos. 

O órgão vem monitorando os sismos, para que a situação seja avaliada e novas atualizações deverão ser publicadas em breve. 

Em 2022, relatórios apresentados pela Braskem à Agência Nacional de Mineração (ANM) afirmavam que a cavidade existente no subsolo do bairro do Mutange, em Maceió, conhecida como mina 7, já havia sido preenchida em 42%.

Desde 2020 a mineradora iniciou o processo de enchimento dos vazios com areia conforme recomendação para estabilização do processo de afundamento de solo que atinge cinco bairros da capital alagoana.

Confira a nota na íntegra: 

"A Defesa Civil de Maceió informa que os últimos sismos ocorridos se intensificaram e houve um agravamento do quadro na região já desocupada, próximo ao antigo campo do CSA. Estudos mostram que há risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas. Por precaução e cuidado com as pessoas, reforçamos, mais uma vez, a recomendação de que embarcações e a população evitem transitar na região até nova atualização do órgão."