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Mãe de criança autista denuncia superfaturamento de 436% em medicação na Farmácia de Maceió

Paloma Monteiro disse que o remédio para tratamento do filho custava R$ 344,00 e este mês estava por R$ 1845,00 na FARMAC, Farmácia de Maceió, ligada à Secretaria municipal de Saúde

Por Evandro Souza* 30/11/2023 12h12 - Atualizado em 30/11/2023 16h04
Mãe de criança autista denuncia superfaturamento de 436% em medicação na Farmácia de Maceió
Mãe denuncia superfaturamento em compra de remédio na Farmac - Foto: Reprodução

A estudante de direito e mãe de uma criança autista com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Paloma Monteiro, publicou um vídeo em suas redes sociais denunciando um suposto superfaturamento na medicação fornecida pela Prefeitura de Maceió.

A filha de Paloma, de oito anos, faz uso de medicação controlada - aripiprazol, que, segundo ela, custa em torno de R$344,00. Porém quando direcionada para buscar o medicamento na Farmácia de Maceió – FARMAC, o valor estava de R$1.845,10, um aumento foi de 436,54%, quase seis vezes maior do que o custo de mercado.

No vídeo, ela conta que quando percebeu o valor, superior ao valor médio da medicação, se recusou a receber o remédio. “Houve um equívoco e veio um valor alterado no comprovante de recebimento e eu não assino sem a correção’’, explicou ela.

Com a confirmação que a medicação teria sido comprada no valor mais alto pela Farmac, Paloma informa que se negou a receber por se tratar de um caso de superfaturamento.

"Eu me nego a receber porque se trata de superfaturamento e eu não sou compatível com isso, eu sou uma cidadã de caráter”, continuou Paloma.

Após essa suspeita, a medicação da criança ficou atrasada por mais de 40 dias, com isso, foi solicitada uma nova receita para que o tratamento não fosse suspenso.

Paloma conseguiu no site da Sefaz, a nota fiscal da compra do medicamento, que comprova o valor de R$1.845,10. Foi sugerida uma nova medicação, porém, a mãe reivindica ter que trocar de medicação, e todo processo de adaptação do seu filho ao novo remédio, por um erro do órgão.

“Essa adaptação vai ocorrer, porque eu vou buscar a medicação segunda-feira, ela está ocorrendo pela falta de caráter de algum servidor, porque isso aqui nunca foi e nunca será engano. ’’, explica Paloma.

O Jornal de Alagoas entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e aguarda retorno. 

*Estagiário sob supervisão