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Ampliação do monitoramento por risco em mina em Maceió inclui novas escolas: 'Essa insegurança nos afeta', diz professor
Duas escolas e um ginásio esportivo do Cepa, maior complexo de escolas estaduais de AL, foram incluídos na versão mais recente do mapa da Defesa Civil, divulgada no dia 30 de novembro, mas sem ordem de evacuação
Embora a suspeita de tremor de terra nesta quinta-feira (7) no maior complexo de escolas públicas de Alagoas tenha sido descartada pela Defesa Civil de Maceió, a proximidade com o local da mina da Braskem que pode colapsar preocupa a comunidade escolar. A versão mais recente do mapa que indica a área de risco amplia o monitoramento sobre o Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (Cepa).
"A gente fica preocupado com a situação, fica inseguro com o desencontro de informações. Essa insegurança nos afeta, mas, infelizmente, não podemos fazer nada a não ser aguardar um posicionamento oficial das entidades responsáveis", disse o professor de educação física Henrique Vilela, que dá aulas no local desde 2014.
Inaugurado em 1958, o Cepa foi construído em uma área dividida entre os bairros do Farol e Pinheiro, ambos vizinhos do Mutange, do Bom Parto e de Bebedouro, os cinco bairros de onde foram evacuados mais de 14 mil imóveis condenados pela mineração realizada durante décadas na região.
A 5ª versão do mapa da Defesa Civil de Maceió, divulgada no dia 30 de novembro, delimita duas áreas no entorno das 35 minas da Braskem, uma de criticidade 01 (menor risco) e outra de criticidade 00 (maior risco). É na área 01 que está localizada parte do Cepa, sem necessidade de evacuação, mas sob monitoramento constante.
A imagem atualizada (mapa abaixo) indica com linhas brancas as novas áreas que devem ser monitoradas. Das 11 escolas estaduais que existem no Cepa, estão na zona de criticidade 01 as escolas Dom Pedro II e Teotônio Vilela e o ginásio da Escola Moreira e Silva, que já estava incluída na versão anterior.
O solo sobre a mina da Braskem já afundou 2,02 metros desde 30 de novembro até esta quinta (7). A medição no local começou no dia seguinte ao alerta de que a mina poderia ruir e abrir uma imensa cratera na região.
O medo da comunidade escolar é de que os imóveis sob monitoramento venham a migrar para a zona de realocação, como aconteceu com residências do Bom Parto após o alerta.