Familias do Vergel, Vale do Reginaldo e da Vila Emater, organizadas pelo Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) estão no supermercado Carrefour (Gruta), neste sábado, 09, para denunciar o alto preço dos alimentos e solicitar cestas básicas para os moradores das periferias. 

A reportagem do Jornal de Alagoas conversou com Jardel Wandson, um dos coordenadores do Movimento, que explicou detalhadamente o objetivo da ação. '’O MLB é um movimento nacional que organiza, há mais de 20 em nosso país, as famílias, na cidade, para lutar pela sua moradia. Mas mais do que a moradia, o MLB luta para denunciar injustiças da sociedade que vivemos, que é o capitalismo atrasado, que não permite que todo mundo tenha o direito de se alimentar. Então no Natal, que é uma data simbólica para a nossa cultura, o MLB organiza as famílias pobres da periferia das cidades, que lutam pela sua casa, e por uma melhor sociedade, para vir para uma rede de supermercado, como a Carrefour, para denunciar que é um crime, o povo passar fome, enquanto os mercados estão lotados de comida''. 

A ação faz parte da campanha Natal Sem Fome, que acontece hoje em todas as regiões do país. 

Jardel também destaca que é um crime, uma rede como a Carrefour financiar, segundo ele, o ''genócidio'' do povo palestino, afirmando que a rede da empresa internacionamente está alimentando o exercíto de Israel, financiando a guerra contra o povo palestino, onde estão matando crianças, bombardeando hospitais. ''Então estamos aqui para denunciar que essa rede de mercado cumpre o papel atrasado, já tendo um histórico ruim, de crimes como racismo, homofobia, e outros, sendo até condenada''. 

O coordenador conclui alegando que vieram reivindicar como uma forma da empresa ''minimamente'' mostrar que tem uma inclinação para uma mudança, no sentido de justiça social, doando cestas básicas, para cerca de 100 famílias de comunidades carentes, que, de acordo com ele, se organizam junto do MLB, “para que seja conquistado os alimentos e sairmos daqui com a essa ''vitória, que é econômica, mas também política, que é trazer famílias para não aceitar a miséria, que muitos brasileiros em geral, vivem''. 

O Movimento segue aguardando orientação nacional e informou à reportagem que só sairão do mercado quando receberem as cestas solicitadas.