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Terceirizados da educação de Maceió sofrem represálias e atrasos no pagamento de salários
Trabalhadores da empresa BRA Serviços Administrativos, empresa que atua nos serviços gerais do Município, alegam não terem recebido os meses de junho e julho e denunciam demissões após queixas
A Prefeitura de Maceió enfrenta críticas e indignação de funcionários terceirizados da empresa BRA Serviços Administrativos, que relatam atrasos constantes nos salários e no décimo terceiro salário. A situação, que já se arrasta por meses, tem gerado impactos na vida dos trabalhadores e suas famílias.
A BRA, empresa terceirizada que atua na prestação de serviços gerais em diversos setores do município, incluindo as pastas da saúde, da educação e da assistência social, não está recebendo o repasse da Prefeitura de Maceió para pagamento dos funcionários.
Segundo fontes, que conversaram com o Jornal de Alagoas sob a condição de anonimato, os salários estão sendo pagos com atrasos há cinco meses, e os pagamentos referentes junho e julho ainda não caíram na conta dos trabalhadores.
A situação se agravou quando, após solicitação de planilhas para conferência dos processos de pagamento, houve atrasos na resposta da BRA, o que gerou o acúmulo dos dois meses de salários não pagos.
Segundo a denúncia, essa foi uma opção da atual secretária da educação de Maceió, Jó Pereira. O clima de incerteza tem gerado insegurança financeira para centenas de famílias na capital alagoana.
Outra situação reclamada pelos denunciantes é que o décimo terceiro, que deveria ser pago integralmente até o final de novembro, também sofreu atrasos.
''Na antiga gestão, do secretário Rauranny, era as mil maravilhas, pois não havia atraso no pagamento da BRA, mas na atual gestão, tudo mudou para pior, pois a secretária está com 2 meses atrasados, paga um e deve o outro e assim vai virando uma bola de neve. Estamos a uma semana sem receber o mês de dezembro, pois a secretaria ainda não pagou'', lamentou a fonte.
Funcionários da BRA afirmaram também que a empresa tem arcado com os atrasos usando recursos próprios, mas a quantia acumulada é considerada milionária e está além das capacidades financeiras da empresa, resultando em uma situação de desmotivação e descontentamento entre os funcionários.
Eles relatam dificuldades financeiras, incluindo a busca por empréstimos junto a agiotas para cobrir despesas domésticas.
Recentemente, a BRA informou que efetuou o pagamento dos salários, junto com a primeira parcela do décimo terceiro, mas apenas pela metade. O salário referente a novembro, no entanto, ainda não foi depositado, gerando mais dias de atraso e incertezas.
Demissões
Segundo as informações recebidas pelo Jornal de Alagoas, os profissionais da BRA que resolvem reclamar publicamente sobre o pagamento de salário estão sofrendo represálias. Cinco pessoas teriam sido demitidas após reclamarem em grupos de conversas ou nas redes sociais.
Respostas
O Jornal de Alagoas buscou a Semed para que fossem dadas respostas aos questionamentos, mas até a publicação a secretaria não se manifestou. O espaço está aberto para atualização.