O relatório de Movimentação de Terreno aponta que entre julho de 2019 e novembro de 2023, nos bairros do Farol, Bom Parto e Flexal, estão se deslocando num ritmo mais frequente. Essa situação é semelhante à do Pinheiro em 2019.

Segundo o relatório, esse deslocamento não é intensamente vertical, por isso não há riscos de aberturas de crateras, mas é horizontal, com potencial para provocar mais rachaduras em edificações. Com isso, poderia ocasionar rachaduras em edificações fora do Mapa de Risco.

O portal Na Rede teve acesso a documentos de investigação do Caso Braskem. Esses estudos mostram mensalmente como está a evolução do afundamento de terreno na região do Mapa de Risco e é tido como chave para tomada de decisões sobre realocação de famílias.

O primeiro relatório foi emitido em 2018 pelo Serviço Geológico do Brasil e foi concluído o Mapa de Risco elaborado pela Defesa Civil de Maceió.

Desde 2019, esse relatório não é divulgado, mas é elaborado todos os meses, por uma empresa contratada pela Braskem. Apenas poucas instituições têm acesso a ele - Braskem, Agência Nacional de Mineração, Ministério de Minas e Energia e Defesa Civil - mas as informações contidas neste relatório são repassadas às autoridades que acompanham o processo, como DPU e MPF.

Segundo o Na Rede, os documentos apontam que os bairros do Farol, Bom Parto e Flexal possuem áreas cujo monitoramento vem registrando aumento no deslocamento de terreno.

Quadro comparativo da Interferometria em 2019 e a interferometria em 2023. Fonte: Na Rede

*Com informações do Portal Na Rede