A população do Vergel, parte baixa de Maceió, sofre com o acúmulo de lixo irregular nas ruas. A Praça Padre Cícero e ruas ao redor são alvos de constantes de descartes de resíduos de construção, móveis usados e material orgânico. Segundo moradores, o problema persiste “há mais de 40 anos” e acontece devido à décadas de abandono, por parte das gestões municipais.

Adailton Vasconcelos (59), é comerciante e também atua como motorista de ambulância do Hospital Geral do Estado (HGE). De acordo com ele, o lixo é jogado na região por não manterem a vigilância e diz ainda que é preciso “multar quem faz isso”.

O entrevistado afirmou que os resíduos se acumulam na região não por culpa da comunidade, que é contra: ”não é o pessoal do bairro que é sujo, a gente é contrário, a gente combate.”

Entretanto, Adailton pontuou que a maior parte do acúmulo vem de obras dos bairros vizinhos. O descarte irregular é majoritariamente composto por “carrinhos de mão com metralha” que chegam de construções. Além disso, móveis ficam abandonados e se acumulam nas laterais das ruas.

“Quem joga o lixo aqui muitas vezes intimida quem tenta impedir, já tentaram deixar um cara sentado aqui, não deu certo. O jeito é reforçar a segurança.”

A Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb) é a responsável pela coleta de resíduos e descartes, na cidade de Maceió. Nesta quarta-feira (27) a equipe  do Jornal de Alagoas esteve na região e observou a retirada do material, pela empresa Naturalle, que presta serviços à Prefeitura de Maceió.

Ao ser questionada sobre as iniciativas da Prefeitura de Maceió para coibir o problema à longo prazo, a Alurb informou:

“Na região são três as iniciativas realizadas, existe um Ecoponto localizado no Dique Estrada, a coleta seletiva domiciliar e a educação ambiental porta a porta, informando sobre os serviços citados anteriormente, tudo para que o descarte seja feito da forma correta.”

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