O terminal de ônibus do Eustáquio Gomes está há mais de um ano em reformas. Uma tenda foi colocada, pelo DMTT em uma praça, que serve como terminal improvisado desde outubro de 2022. Com calor e sem banheiro, os passageiros aguardam o transporte coletivo sem a estrutura adequada. Trabalhadores do setor rodoviário também reclamam das condições de serviço no local. 

Atualmente, o espaço do terminal está sendo utilizado como ponto de descanso dos motoristas. Os funcionários das empresas que prestam serviço à Prefeitura de Maceió param os carros no local para aproveitar a sombra no horário de almoço. 

Marcos André (49) é morador do bairro e conversou com a reportagem. Segundo ele, para os cidadãos que moram no Eustáquio, ou nas redondezas da Cidade Universitária e que dependem do terminal, sentem-se “totalmente abandonado pela Prefeitura de Maceió".

De acordo com Marcos, a demora em entregar a obra é um descaso com a população. Ele contou que no Natal, a estrutura alugada pela Prefeitura foi retirada, por falta de pagamento. Após reclamações de quem depende do transporte coletivo, o Departamento Municipal de Transporte e Trânsito (DMTT) reinstalou uma outra tenda ao local.

“Depois de muita reclamação botaram essa tenda e aí, antes do natal, pra nossa surpresa, tiraram a tenda, aí todo mundo repercutiu demais, o que fez o DMTT botar outra no lugar e só por isso acham que já resolveram o problema, não é assim!”

Marcos finalizou a entrevista fazendo um apelo, para que as obras sejam retomadas o quanto antes. Ele criticou a gestão municipal dizendo que todos os bairros próximos dependem do terminal, entretanto, foram deixados de lado.

“O pensamento da comunidade da cidade universitária de Maceió sobre a Prefeitura é algo totalmente negativo, porque quando você nunca faz nada por uma comunidade, uma Prefeitura que única coisa que tenta fazer é essa obra de um terminal e não conclui?”, questionou

“Então, a cobrança que a gente faz para que as obras sejam retomadas e que entreguem o terminal funcionando o mais rápido possível, porque é o único terminal que a gente tem na região”, finalizou Marcos.

A reforma foi iniciada no dia 20 de outubro de 2022, porém em março de 2023, para o avanço das obras, o terminal foi realocado, sendo instalado na praça onde se encontra atualmente.

Na última quarta-feira (3), o Jornal de Alagoas esteve no local e encontrou trabalhadores da empresa Real Alagoas, que faz parte das empresas que fornecem serviços de ônibus à cidade de Maceió.

Os funcionários estavam sentados em mesas de plástico, debaixo de uma árvore, para se proteger do sol escaldante. De acordo com Amaro Ferreira (50), funcionário da empresa de transporte público, a situação de trabalho no terminal improvisado é péssima.

“Meu filho, é isso daqui que você tá vendo, quando chove a gente corre pra debaixo da tenda, fica todo mundo embolado ali debaixo, funcionário e passageiro, você tem que ver o problema”, disse.

Amaro afirmou também que as obras do terminal estão paradas por falta de pagamento da Prefeitura de Maceió, à empresa responsável pela construção do novo espaço. De acordo com Amaro, cerca de 100 funcionários passam pelo “terminal” e também vivenciam o problema diariamente.

“Tá parado por falta de pagamento, porque se tivesse pago, a firma de construção não tinha botado o pessoal pra fora, porque como que dá pra produzir uma obra de prestação de serviço se ela [Prefeitura] não tá pagando?”, indagou Ferreira.

O Jornal de Alagoas entrou em contato com a Prefeitura de Maceió para sabermos sobre a continuidade das obras na região. Até o momento não recebemos respostas. O Espaço está aberto para atualizações

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