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Núcleo Alagoano da ACD explica impactos sociais e econômicos da Braskem em Maceió
O Prof.º Dr. José Menezes Gomes, coordenador do Núcleo Alagoano pela Auditoria Cidadã, concedeu entrevista a CBN - Maceió, e explicou a origem do problema e a história até o atual momento
A crise ambiental causada pela Braskem, através da extração de sal-gema em Maceió, resultou na evacuação da população dos bairros de Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro, Mutange e Farol, no ano passado.
Esse deslocamento foi necessário devido ao processo de afundamento da região, que provocou rachaduras nas casas e ruas e representou um perigo iminente para as famílias residentes, cerca de 55 mil pessoas.
O Prof.º Dr. José Menezes Gomes, coordenador do Núcleo Alagoano pela Auditoria Cidadã, concedeu entrevista a CBN Maceió, e explicou a origem do problema e a história até o atual momento.
O coordenador falou sobre a impossibilidade do investimento em políticas sociais e estruturas econômicas para a população, e a utilização do capital para pagar o acordo.
"O que me preocupa não são só os juros externos, mas é o comprometimento do futuro, porque não tem uma política social, não tem uma escola, não tem uma creche, não tem nada. E o empréstimo pelo que eu li agora, é para pagar possíveis consequências de um acordo que na verdade não deveria ter sido feito, ou seja um gestor quando tá assinando um documento ele tem que ter a noção exata do que tá no papel, porque para Braskem, é um grande negócio", disse José Menezes.
"Imaginemos que de repente tenha que indenizar 4 bilhões, ou seja, teria que fazer um novo empréstimo. Então eu vejo o seguinte, que há uma omissão, vou ser bem claro, foi irresponsável, porque não tem outra outra palavra, e é irresponsável você assumir um cheque em branco, mas um cheque em branco que beneficia a empresa", completou.
Confira a entrevista na íntegra:
*Com CBN Maceió