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Após mais de seis anos juntos, casal com Síndrome de Down realiza o sonho do casamento
Juliana e Júnior serão o primeiro casal com Síndrome de Down de Alagoas a oficializar o matrimônio
Juliana e Júnior se conheceram em uma festa de Halloween e, de 2017 para cá, não se desgrudaram mais. Começou ali uma linda história de amor, cumplicidade e superação. Agora, eles subirão ao altar na presença dos familiares e amigos, para oficializar o amor.
O casal planeja esse momento desde dezembro de 2019, quando Júnior (41) pediu Juliana (36) em casamento, em um noivado surpresa e emocionante, com os mínimos detalhes planejados por ele. “Nossas famílias sempre nos apoiaram. Senti que era o momento certo”, disse. Eles serão o primeiro casal com Síndrome de Down de Alagoas a oficializar o matrimônio.
Fátima Vieira, mãe de Júnior, contou que o casal se casará agora em Janeiro e que as famílias se uniram para realizar esse sonho. “Eles sempre foram muito independentes. Mas o nosso apoio foi essencial para que tudo que desejaram se concretizasse nesse momento. Com certeza esse mês foi muito esperado por todos”, disse.
Juliana e Júnior são assistidos pelo Instituto Amor 21 e, através da instituição, não só firmaram laços com outras famílias com Síndrome de Down, mas também fizeram cursos de qualificação, ingressaram no mercado de trabalho e participam de atividades coletivas, como a dança, o que fez o casal se aproximar ainda mais.
“Aqui no Amor 21 nós trabalhamos em prol da independência das pessoas com Síndrome de Down, mas também para mostrar que eles podem e devem ter uma vida normal. Que com o suporte necessário, podem se desenvolver profissionalmente, namorar, casar e até construir suas próprias famílias. A Juliana e o Júnior devem ser exemplos para outros pais e para a sociedade”, disse Neyla Sabino, presidente do Instituto Amor 21.
Neyla reforçou ainda que esse casamento tem um simbolismo ainda maior, por ser o primeiro de Alagoas entre casais com Síndrome de Down. “Uma verdadeira alegria que nós estamos compartilhando junto com essas famílias. As crenças limitantes devem ser extintas da nossa sociedade e dar lugar ao amor pelo próximo e o incentivo”, completou.