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Google Maps exibe protesto próximo à mina 18: "Braskem estragou tudo"

Local está marcado na Rua Santo Antônio, no bairro do Pinheiro, um dos mais afetados pelo processo de afundamento de solo em Maceió

Por Vinícius Rocha 18/01/2024 18h06 - Atualizado em 18/01/2024 18h06
Google Maps exibe protesto próximo à mina 18: 'Braskem estragou tudo'
Google Maps exibe protesto próximo à Mina 18 da Braskem - Foto: Reprodução

Após o mapa de Maceió disponibilizado pelo Google Maps começar a exibir a localização das minas da Braskem em sua plataforma, um ponto em específico pode chamar a atenção de quem navega por lá. Ele fica na Rua Santo Antônio, no bairro do Pinheiro, e o marcador diz, em letras maiúsculas: "BRASKEM ESTRAGOU TUDO!! AQUI TINHA FAMÍLIA". 

Ao clicar na localização, duas casas aparecem nas imagens. Elas estão fechadas com tijolos de concreto, sem os telhados e os muros exibem os códigos de controle pintados em spray vermelho. Este cenário de abandono e ruínas é encontrado nos cinco bairros afetados pelo afundamento de solo decorrente da mineração da empresa petroquímica. 

Casas na Rua Santo Antônio, no bairro do Pinhero. Foto: Reprodução


Em Maceió, cerca de 60 mil pessoas tiveram que deixar as suas casas. Moradores tomados pelo pânico e medo, assinaram acordos que são contestados por advogados e autoridades, que alegam que o valor oferecido pela Braskem pelos imóveis, foi muito abaixo do mercado. 

Em paralelo e alheio ao sofrimento da população maceioense, o mercado imobiliário da cidade viu seus preços aumentarem seus preços exponencialmente e cinco anos após o início da remoção das famílias comemora o feito. 

Como noticiado pela Mídia Caeté, a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas – Ademi-AL, emitiu uma dizendo que Maceió "brilhou intensamente", como “uma das capitais mais valorizadas em 2023”. Leia AQUI. De acordo com o índice FipeZAP, Maceió teve a maior alta entre as capitais, onde os imóveis ficaram 16% mais caros, enquanto a média nacional foi de 5,13% de alta.


A Braskem alega que já gastou R$ 9,2 bilhões com os problemas de Maceió, sendo R$ 4,4 bilhões apenas com indenizações. E que ainda prevê o gasto de mais R$ 5 bilhões.

A empresa firmou um acordo, em julho de 2023, com a Prefeitura de Maceió no valor R$ 1,7 bilhão, como medida indenizatória aos danos socioambientais. O governo de Alagoas, entretanto, prevê que os danos ao município possam chegar aos R$ 30 bilhões.