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Entenda o que é a misofonia, síndrome que virou ‘'trend’' no TikTok
Essa palavra tem sido muito discutida na rede social e tem causado polêmica
Você já ouviu falar em misofonia? Essa palavra tem sido muito discutida no TikTok e causado uma polêmica por lá entre quem conhece e tem a síndrome e entre quem se autodiagnostica.
A misofonia nada mais é do que uma aversão e um incômodo intenso a sons como de digitar no teclado, mastigar, conversas no transporte público, de alguém cantarolando, batendo a caneta no caderno, assobiando ou de mascando chiclete. Esses sons repetitivos trazem a pessoa que sofre de misofonia uma irritação muito forte, além de pânico, ansiedade e tristeza.
O incômodo é tão forte que a pessoa pode precisar sair do ambiente e se afastar do barulho para conseguir ficar bem. É muito diferente de uma percepção do som ou do inômodo simples que qualquer pessoa pode ter, porque a misofonia, sendo uma doença, pode trazer consequências sérias à saúde do indivíduo.
Em um dos diversos vídeos no TikTok falando sobre o assunto, o o enfermeiro Lucas Bacca afirma que há tantas pessoas se autodiagnosticando com misofonia na rede que, quando alguém realmente possui a doença, é descredibilizado e até desacreditado — como se ela também estivesse só querendo 'surfar' na trend, e não sofrendo de verdade com a síndrome.
Outros usuários, além de Lucas, também reclamam do autodiagnóstico e acrescentam a desinformação como um dos problemas na rede, uma vez que estes dois fatores minimizam os efeitos de quem tem a doença e seu diagnóstico é utilizado para qualquer situação — não é difícil encontrar comentários ou vídeos afirmando que 'minha misofonia está gritando'. Entre aqueles que possuem o diagnóstico, esse tipo de situação onde a 'misofonia está gritando' é muito séria porque pode levá-los à crise de pânico, de ansiedade, raiva, irritação e tristeza.
Para quem possui misofonia, a doença não é tão divertida ou simples como parece ser nos vídeos do TikTok, pois ela requer tratamentos médicos ou psicológicos, além de, se for preciso para o paciente, mudança no estilo de vida para criar zonar 'livres de ruído', com o uso de proteção auditiva por exemplo, para proteger ao máximo a saúde da pessoa.