Geral
Crise nos cemitérios de Maceió: famílias esperam três dias por vagas para sepultamento
A Defensoria Pública do Estado (DPE) exigiu que os órgãos municipais se unam e apresentem soluções imediatas
O problema da superlotação nos cemitérios de Maceió é uma questão crítica e persistente que tem afetado diversas famílias na capital alagoana. Em uma recente reunião convocada pela Defensoria Pública do Estado (DPE), foi exposto o descaso enfrentado por muitas famílias, que estão aguardando até três dias para sepultar seus entes devido à falta de vagas nos cemitérios municipais.
O defensor público Lucas Monteiro Valença, do Núcleo de Proteção Coletiva da DPE, tem recebido relatos alarmantes de famílias carentes, que descrevem a angústia de não poder proporcionar um sepultamento digno aos familiares falecidos devido à superlotação dos cemitérios. Muitas vezes, os corpos são enterrados em covas rasas e inadequadas, exacerbando ainda mais o sofrimento das famílias enlutadas.
''Diversas denúncias recebidas pela DPE/AL indicam que a falta de vagas tem causado transtornos e aumentado o sofrimento de várias famílias carentes no município. Segundo relatos, várias famílias têm aguardado o prazo de até três dias para sepultar seus familiares, e, em muitos casos, em covas rasas e completamente inadequadas'', diz trecho da matéria da DPE.
Na reunião realizada, estiveram presentes representantes da Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) e Vigilância Sanitária municipal. Na ocasião, o defensor exigiu a adoção de medidas imediatas para resolver a situação, incluindo a abertura de novos jazigos e a ampliação dos cemitérios existentes.
Além disso, foi solicitado que a Seminfra e a Alurb forneçam informações detalhadas sobre o andamento das obras de ampliação do Cemitério São Luiz e da construção do novo cemitério municipal, cujo projeto foi aprovado pela Câmara de Vereadores no ano anterior.
Diante da urgência da situação, o defensor destacou a necessidade de o município considerar a contratação de jazigos em cemitérios particulares, caso as medidas municipais sejam insuficientes para atender à demanda por sepultamentos.