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Funcionários de cemitérios de Maceió enfrentam descaso da Prefeitura
Trabalhadores alegam que enviam ofícios ao Munícipio cobrando melhorias na estrutura dos campos-santos, mas pouco é feito
O descaso nos cemitérios de Maceió tem gerado preocupação entre os moradores da cidade. O Jornal de Alagoas realizou uma visita aos cemitérios São José e Nossa Senhora da Piedade, localizados no bairro Trapiche, onde conversou com a administração de ambos os locais.
Funcionários que lá estavam alegaram que têm lutado por melhorias nos campos-santos, mas que enfrentam dificuldades devido à falta de ação por parte da prefeitura de Maceió, que tem como gestor JHC (PL).
A principal preocupação levantada pelas administrações dos cemitérios é a necessidade urgente de um novo espaço para sepultamentos na cidade, uma vez que as vagas já se esgotaram. "Geralmente temos que enterrar 5 a 6 mortos por dia, e não há mais vagas disponíveis. É constrangedor ter que explicar isso às famílias", relatou um funcionário que preferiu não ser identificado.
O tempo de espera por vagas para sepultamento é de três dias, o que tem gerado grande desconforto às famílias enlutadas. Em março deste ano, a Defensoria Pública do Estado (DPE) exigiu que os órgãos municipais apresentassem soluções imediatas para o problema.
À época, foi solicitado à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) e à Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana de Maceió (Alurb) informações detalhadas sobre o andamento das obras de ampliação, inclusive, do Cemitério São Luiz, localizado na Santa Amélia e da construção do novo cemitério municipal, cujo projeto foi aprovado pela Câmara de Vereadores no ano anterior.
Sem iluminação
Além da falta de espaço, os funcionários das administrações dos cemitérios também destacaram a falta de iluminação, o que dificulta os sepultamentos que ocorrem no final da tarde. "Enterrar um ente querido no escuro é constrangedor", afirmaram.
A vereadora Silvânia Barbosa (Solidariedade), presidente da comissão da câmara que fiscaliza os cemitérios municipais, manifestou preocupação com o déficit de vagas nos cemitérios públicos da capital alagoana.
Ela destacou que foram realizadas visitas a cemitérios verticais em outras regiões, resultando na indicação da construção de um cemitério semelhante em Maceió como a solução mais viável. No entanto, lamentou a demora na execução do projeto, ressaltando que a responsabilidade pela solução do problema vai além da esfera legislativa.
A reportagem tentou entrar em contato com a Prefeitura de Maceió para esclarecimentos sobre o superlotamento, a má estrutura e a falta de iluminação nos cemitérios, mas até o momento não obteve retorno.