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Maceió tem 800 prédios abandonados e fiscalização da prefeitura notificou menos de 300 proprietários
Diante da situação, a reportagem do Jornal de Alagoas entrou em contato com a prefeitura para saber se existem ações que visem reduzir o número alarmante
A área urbana de Maceió enfrenta uma realidade desafiadora: mais de 800 prédios abandonados espalhados pela cidade, segundo informações do arquiteto e urbanista Dilson Ferreira, professor da Ufal e com mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, durante entrevista ao jornalista Wadson Regis, no podcast Política Sem Off.
A preocupação não está apenas na paisagem urbana desfavorecida, mas também nas implicações sociais e de segurança que essa situação acarreta. Em busca de esclarecimentos sobre as medidas em vigor para abordar esse problema, o Jornal de Alagoas contatou a Prefeitura Municipal de Maceió.
Em nota, o Município por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), alegou que através da Diretoria de Fiscalização e Alvará de Funcionamento (DFALF), realiza diariamente inspeções em todo o território municipal.
''Durante o período de 2021 até abril de 2024, foram emitidas 274 notificações e autos de infração. Dessas, 200 referem-se a imóveis abandonados, 67 necessitando de manutenção predial e 7 são terrenos abandonados'', diz trecho da nota.
Apesar das ações da prefeitura, Dilson Ferreira ressalta a urgência de medidas mais eficazes, incluindo um sistema de impostos progressivos e um planejamento urbano mais eficiente, visando evitar novos casos e lidar com o atual déficit habitacional da cidade.
A situação dos prédios abandonados não apenas compromete a estética urbana, mas também representa um risco para a segurança dos moradores. Tais estruturas podem servir de refúgio para atividades criminosas, além de atrair sujeira e até mesmo animais perigosos.
Recentemente, no dia 21 do mês passado, parte de um prédio abandonado desabou no bairro do Jaraguá, localizado na parte baixa de Maceió, o que acarretou em um trânsito enorme nas redondezas.
Em busca de uma visão abrangente sobre o assunto, a reportagem entrou em contato também com a Junta Comercial do Estado de Alagoas. Segundo eles, por meio da Redesim, há uma integração entre a Junta Comercial e entidades responsáveis pela administração tributária e licenciamento. Essa integração facilita a fiscalização, inclusive dos prédios registrados como unidades empresariais.
A Redesim, um sistema que centraliza os processos e informações relacionados ao registro e inscrição de empresas no Brasil, permite que empreendedores realizem solicitações online de forma simplificada e unificada, garantindo maior eficiência nos processos administrativos.