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Mais uma mãe relata agressão a filho autista e descaso de direção do Gigantinhos

Secretaria Municipal de Educação diz não ter recebido denúncia de nenhum pai ou responsável; caso de agressão é o 3º relatado por diferentes pais e mães

Por Redação 16/05/2024 18h06 - Atualizado em 16/05/2024 18h06
Mais uma mãe relata agressão a filho autista e descaso de direção do Gigantinhos
Creche Gigantinhos - Foto: Reprodução

Um novo dia e mais um relato de agressão a criança atípica em uma creche do programa Gigantinhos, da Prefeitura de Maceió e administrada pelo Instituto de Gestão Educacional e Valorização do Ensino (Igeve).

Nesta quinta-feira (16), um dia depois de duas mães relatarem que suas filhas foram agredidas dentro da unidade escolar, uma outra genitora procurou a reportagem para denunciar um novo caso, mas principalmente para reclamar da falta de assistência por parte da direção da creche Gigantinhos, localizada no bairro da Ponta da Terra.

“Meu filho também tem transtorno, fui diversas vezes questionar sobre ocorridos, meu filho solto, subindo e descendo escada sozinho, relataram que ali não era lugar pro meu filho, pois não tinha auxiliar de sala para ficar com ele e ele não deixava elas [professoras] darem aula”, relata a mãe, que também preferiu não se identificar.

Ela diz que questionou se as professoras estavam preparadas para atuarem com crianças especiais, pois, no ato da inscrição, foram anexados todos os lados e relatórios necessários.

A mãe afirmou também que presenciou o filho sendo agredido e por isso há três semanas ele não vai mais à aula. “Meu filho tem três semanas que não pisa naquela instituição”.

Regressão no tratamento


Outro ponto citado pela genitora é que o filho, que tem autismo de nível 1, regrediu no tratamento após ele ter urinado na própria calça após ter sido impedido de usar o banheiro do andar superior do prédio.

“Meu filho chegou cheio de xixi. Um autista que foi desfraldado, a maior conquista dele estava regredindo porque não deixavam ele ir ao banheiro. Alegaram que na hora do intervalo só ficava um auxiliar com todas as crianças e não dava pra ir com ele fazer xixi”.

“Isso não existe. Ter estrutura, mas não ter profissionais qualificados e preparados. Eu não aguento mais ver meu filho maltratado”, lamenta.

Direção não deu assistência


A mãe procurou a coordenação e direção, mas não obteve respostas e disse que entrou com pedido na Secretaria Municipal de Educação (Semed) e na defensoria para conseguir uma auxiliar de sala para o filho. Ela diz ter provas de que foi negada uma declaração pela escola.

“De tudo que eu falei as auxiliares de turma tem que ficar calada diante as coisas que estão acontecendo e algumas já pediram para sair”, denuncia.

Respostas da Semed e do Igeve


A Semed informou, ao Jornal de Alagoas, que não recebeu nenhuma reclamação, de nenhum pai ou responsável acerca do assunto.

A reportagem aguarda posicionamento do Igeve.