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Taxa de analfabetismo em Alagoas cai, mas ainda é a segunda pior do país
Censo 2022 mostra que proporção de alagoanos com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever é de 17,7%. No Censo de 2010 essa taxa era de 24,3%.
No Brasil, 11,4 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever uma carta simples – o equivalente a 7% da população nessa faixa etária. Ainda que o problema tenha sido atenuado nas últimas décadas. o Nordeste continua sendo a região com o índice de analfabetismo mais alto do país: 14,2%, o dobro da média nacional e Alagoas possui a segunda maior taxa de analfabetismo com 82,2%
Por unidade da federação, Alagoas possui a segunda menor taxa de alfabetização com 17,7%, em primeiro aparece o estado do Piauí com 17,2%. Já o município de Estrela de Alagoas, Sertão do estado, ficou na sexta posição das cidades com maiores índices de analfabetismo do país com apenas 34,2%.
De acordo com o levantamento, o Censo 2022 mostrou que 17,7% dos alagoanos com 15 anos ou mais não sabem ler nem escrever. Se comparado com o Censo 2010, que tinha uma taxa de 24,3%, Alagoas teve um aumento de 6,6 pontos percentuais, o maior avanço entre as Unidades da Federação (UFs).
Os dados, coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Censo Demográfico 2022, foram divulgados nesta sexta-feira (17).
A disparidade regional, no entanto, continua acentuada: o Sul, com o melhor índice do país, chegou ao patamar de 96,6% de moradores que sabem ler e escrever.
Além dessa desigualdade geográfica, há também diferenças gritantes dependendo:
da raça - As taxas de analfabetismo de indígenas (16,1%), pretos (10,1%) e pardos (8,8%) são bem mais altas do que de brancos (4,3%)
da idade - O índice nacional é menor entre os jovens de 15 a 19 anos (1,5%) e maior entre os idosos com mais de 65 anos (20,3%).
Quem é considerado analfabeto?
O IBGE considera analfabeta a pessoa que nunca aprendeu a ler ou escrever e também aquela que sabe apenas assinar o próprio nome, mas não consegue fazer a escrita ou leitura de um bilhete simples ou uma lista de compras. Também é entendida como analfabeta a pessoa que chegou a aprender a ler e escrever, mas esqueceu essas habilidades, por conta de um processo de alfabetização precário.