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Alagoas inicia Campanha de Vacinação Contra Poliomielite para crianças

Vacina deve ser tomada mesmo que as crianças já tenham completado o esquema de doses contra a doença

Por Ascom Sesau 27/05/2024 14h02 - Atualizado em 27/05/2024 16h04
Alagoas inicia Campanha de Vacinação Contra Poliomielite para crianças
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que ocorre até o dia 14 de junho, está disponibilizando o imunizante oral VOP - Foto: Carla Cleto / Ascom Sesau

Alagoas iniciou, nesta segunda-feira (27), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que ocorre até o próximo dia 14 de junho e que se destina a imunizar 279.513 crianças na faixa etária de 1 ano a menores de 5 anos de idade. Os pais ou responsáveis devem procurar um dos postos de vacinação espalhados pelos 102 municípios do estado para assegurar a vacinação de seus filhos, mesmo que as crianças já tenham completado o esquema de doses contra a doença.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite visa imunizar 95% das crianças com a vacina oral VOP e ampliar a cobertura do Estado. Para as crianças receberem a dose, é necessário ter tomado as três doses da vacina inativada poliomielite (VIP), do esquema básico de vacinação. Já as crianças menores de 1 ano de idade deverão ser vacinadas com a VIP (injetável).

Por meio da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, o Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em parceria com as 102 Secretarias Municipais de Saúde (SMSs), tem o objetivo de conter o risco de reintrodução do poliovírus. Para isso, é necessário alcançar alta e homogênea cobertura vacinal, uma vez que, em 2023, a Comissão Regional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite na Região das Américas (RCC) classificou o Brasil como País com alto risco para a reintrodução do poliovírus selvagem.

A poliomielite é uma doença contagiosa causada por um vírus que vive no intestino e que pode infectar adultos e crianças. A transmissão se dá pelo contato direto com as fezes ou secreções eliminadas pelo corpo. A doença causa paralisia, e nos casos mais graves atinge os membros inferiores como paralisia de uma das pernas, pé torto, dores nas articulações e atinge também outros músculos que podem prejudicar a fala e a deglutição.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, ressalta a importância de os pais e responsáveis estarem atentos ao período de execução da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, visando levar as crianças para serem vacinadas. “É essencial que levem as crianças mesmo que acreditem estar com o esquema vacinal completo, pois os profissionais de saúde irão fazer uma checagem para saber quais vacinas são necessárias e também conferir se as vacinas estão em dia”, destacou o gestor da saúde estadual.

Histórico


O último caso detectado no Brasil ocorreu em 1989, no município de Souza, na Paraíba (PB). Com isso, desde 1990, portanto, há 34 anos, não são registrados casos da poliomielite em território brasileiro. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a Certificação de área livre de circulação da Poliomielite, assim como os demais países das Américas.