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Quadrilhas juninas são oficialmente reconhecidas como patrimônio cultural nacional

Lei foi sancionada pelo presidente Lula nesta segunda-feira (24)

Por Ascom Secult 26/06/2024 09h09
Quadrilhas juninas são oficialmente reconhecidas como patrimônio cultural nacional
A partir de agora, as quadrilhas juninas se juntam ao rol de manifestações culturais reconhecidas nacionalmente - Foto: Alexandre Teixeira / Ascom Secult

As quadrilhas juninas foram oficialmente reconhecidas como patrimônio cultural nacional, após a sanção da Lei Nº 14.901/2024, nesta segunda-feira (24), pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A decisão histórica, publicada no Diário Oficial da União, destaca o papel fundamental dessas manifestações nas festas juninas brasileiras.

Para a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, Mellina Freitas, este reconhecimento representa um marco para a cultura do país.

"As quadrilhas juninas não apenas encantam com suas coreografias e trajes coloridos, mas também é um elo vivo com nossas raízes folclóricas e desempenham um papel fundamental na preservação da nossa cultura popular. Esse reconhecimento oficial não só valoriza os artistas e grupos que mantêm viva essa tradição, mas também fortalece nossa identidade, promovendo a inclusão e o orgulho de pertencimento para todos os brasileiros", disse.

“Ao longo do ano, esses grupos se dedicam intensamente para manter viva essa tradição tão significativa para nosso estado e para o país. Através de apoios culturais e da realização de editais e concursos juninos, o Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa, tem fomentado e valorizado os esforços dos quadrilheiros alagoanos, proporcionando não apenas oportunidades de participação, mas também de reconhecimento e crescimento para esses artistas e suas comunidades”, falou.


Foto: Alexandre Teixeira / Ascom Secult

A gestora também destacou a importância da manifestação para o desenvolvimento econômico local, atraindo a população, turistas e gerando oportunidades para toda a cadeia produtiva envolvida.

"A cadeia criativa que envolve as quadrilhas juninas não só impulsiona nossa economia cultural, mas também reflete o trabalho árduo e a dedicação dos grupos alagoanos ao longo dos anos para entregarem apresentações memoráveis", reforçou.

Com a sanção presidencial, o estilo de dança passa a integrar o grupo que inclui também as escolas de samba, o forró e as festas juninas. “O reconhecimento contribui para o fortalecimento da nossa identidade cultural, além de valorizar essa dança tradicional presente nas festas juninas promovidas no país”, comentou a ministra Margareth Menezes.

O diretor de Promoção das Culturas Populares da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) do Ministério da Cultura (MinC), Tião Soares, destaca o papel do bailado. “As quadrilhas juninas são importantes manifestações das culturas populares e tradicionais do Brasil. Elas representam alta relevância de nosso patrimônio cultural nacional, pois resgatam tradições, reconhecem, valorizam e fortalecem identidades regionais, nacionais e promovem a inclusão social através da participação coletiva, característica peculiar das festas populares do Brasil”.

A partir de agora, as quadrilhas juninas se juntam ao rol de manifestações culturais reconhecidas nacionalmente, ao lado das escolas de samba, do frevo e das congadas, entre outras expressões que enriquecem o patrimônio cultural do Brasil.

Origem


A quadrilha junina desembarcou no país com a corte portuguesa, no começo do século 19. Tem origem no quadrille, dança de salão composta por quatro casais, nascida na Paris do século 18 e pertencente a integrantes da elite. No Brasil, tornou-se popular junto aos aristocratas.

Na sequência, conquistou a população e passou a incluir elementos culturais, religiosos e folclóricos nacionais. Durante este processo, o número de pares cresceu. Além disso, os passos e ritmos franceses foram postos de lado. E o casamento caipira, que precede a dança, além das músicas, foram incorporados. Desde então, as quadrilhas adquiriram importância social, econômica e turística para vários municípios, sobretudo no Nordeste.