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Vítimas da Braskem devem ser ouvidas em comissão internacional nesta sexta-feira (12)

A Comissão tem como objetivo ouvir vítimas de diversas tragédias que ocorreram no Brasil ao longo dos últimos anos e que não resultaram em nenhuma responsabilização no âmbito criminal

Por Redação* 12/07/2024 11h11 - Atualizado em 12/07/2024 12h12
Vítimas da Braskem devem ser ouvidas em comissão internacional nesta sexta-feira (12)
O uso da palavra será concedido a vítimas do afundamento de cinco bairros da capital alagoana - Foto: Reprodução

As vítimas do afundamento de cinco bairros devido à extração de sal gema em Maceió serão ouvidas, nesta sexta-feira (12), pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA).

A Comissão tem como objetivo ouvir vítimas de diversas tragédias que ocorreram no Brasil ao longo dos últimos anos e que não resultaram em nenhuma responsabilização no âmbito criminal. A audiência discutirá se o Estado brasileiro, considerando a falta de resposta judicial, tem envolvimento nas violações de direitos humanos causadas por atividades comerciais.

O uso da palavra será concedido a vítimas do afundamento de cinco bairros da capital alagoana devido à exploração de minas de sal-gema pela petroquímica Braskem. Apesar do crime ambiental não ter resultado em nenhuma morte, estima-se que cerca de 60 mil pessoas tiveram que se mudar do local e deixar para trás os seus imóveis. As vítimas alegam que há casos de pessoas que posteriormente cometeram suicídios por causa da drástica mudança de vida e perdas.

Os depoimentos terão início às 15h e serão transmitidos pelo canal da comissão no Youtube. Ao todo, a audiência terá uma hora e meia de duração. Representantes do Estado brasileiro também poderão fazer uso da palavra.

Entre os participantes, estão ainda vítimas das duas grandes tragédias da mineração que geraram comoção no país: o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, em 2015, e o rompimento de uma outra barragem no município de Brumadinho, também em Minas Gerais, no ano de 2019. A estrutura pertencia à Vale, mineradora que também estava envolvida na tragédia anterior.

*Com informações do Cada Minuto