Geral
Vigilância epidemiológica da Sesau realiza estudos contínuos com apoio da rede de Saúde
De forma integrada e detalhada, os especialistas analisam notificações e traçam estratégias que visam o fortalecimento da saúde pública
O quantitativo de doenças, as formas como elas surgem e o que elas provocam são objetos de estudos na Rede Estadual de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). São com esses dados que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) detecta e organiza a resposta a eventos com potencial de constituir uma emergência em saúde pública.
O Ministério da Saúde (MS) instituiu o Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar, definindo competências, criando a Rede Nacional de Hospitais de Referência e definindo critérios para qualificação de estabelecimentos. Também constituiu, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, a Vigilância Epidemiológica Hospitalar (VEH) e a Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (RENAVEH).
“A Rede Estadual de Vigilância Epidemiológica Hospitalar é fundamental para alertar a CIEVS na oportuna detecção, monitoramento e resposta às potenciais emergências de saúde pública no âmbito hospitalar. Ela também atua na adoção de medidas de controle e diminuição dos riscos à saúde pública”, argumentou a coordenadora do CIEVS em Alagoas, Joyce Cabral.
A VEH busca o aperfeiçoamento da vigilância epidemiológica hospitalar, detectando mudanças nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, notificando e investigando a ocorrência das doenças de notificação compulsória (DNC). Ela também se reporta aos outros agravos emergentes e reemergentes, na forma de casos ou surtos, no âmbito hospitalar, visando subsidiar informações para o planejamento, avaliação e medidas de controle.
“Esta rede coordena os Núcleos Hospitalares de Epidemiologia que, em Alagoas, estão presentes em hospitais gerais, especializados e maternidades, públicos e privados. Dessa forma, os núcleos assumem um papel importante no hospital, pois contribuem para o aumento da sensibilidade do sistema de vigilância epidemiológica e tem por objetivo oferecer informações estratégicas para a organização, preparação e resposta do serviço hospitalar no manejo de eventos de interesse à saúde, bem como, subsidiar o planejamento e fortalecimento da vigilância em saúde local”, explicou a coordenadora estadual da VEH, Linda Brito.
O Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) é o setor responsável pela busca ativa de doenças, agravos e eventos de interesse para a saúde pública no ambiente hospitalar. Ele apoia na investigação epidemiológica em articulação com o corpo clínico, demais setores da unidade hospitalar e Secretarias Municipais e de Estado da Saúde, desenvolvendo suas ações de acordo com as normas do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde.
“Dessa forma é importante que estejamos sempre em contato, alinhados, organizados. Esse trabalho é contínuo e exige a atenção de todos os profissionais envolvidos. Contudo, faz parte da nossa rotina a visita aos hospitais que integram a nossa rede. O que nos permite entender melhor como está o funcionamento do NHE, contribuindo, assim, com orientações que possam auxiliar no trabalho já muito bem realizado por nossa equipe técnica”, pontuou Karla Nogueira, coordenadora do NHE no Hospital da Mulher (HM), em Maceió.
O HGE, principal unidade de Urgência e Emergência de Alagoas, de grande relevância na constituição de notificações e estudos epidemiológicos, tem participação ativa em todo esse processo. As suas informações também são registradas oficialmente nos sistemas estabelecidos pelo Ministério da Saúde, como o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
“Ao avaliar e divulgar o perfil de morbimortalidade, o Núcleo Hospitalar de Epidemiologia constrói o diagnóstico epidemiológico da unidade. É um setor capaz de antecipar de duas a três semanas o alerta de ocorrência de doenças e agravos no território sendo, portanto, sentinela no monitoramento de surtos e epidemias”, atentou Eloy Filho, coordenador do NHE no HGE.