Febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, mal-estar, náusea, confusão mental. Esses são alguns dos sintomas da meningite que demandam atendimento médico imediato. A endemia de meningite afeta o Brasil e principalmente Alagoas. Em Maceió, capital alagoana, o tipo B da doença tem as taxas de maior mortalidade no país. Dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Alagoas (Sesau-AL), nesta quarta-feira (21), mostram que 15 casos de meningite foram registrados em todo estado em 2024.

A situação em Maceió é mais preocupante, enquanto a letalidade no Brasil é de 21,4 entre os que contraíram a doença, a capital alagoana apresenta índice de é de 55,6, mais que o dobro da média nacional. Em todo estado, a letalidade da doença é de 33,3 entre os pacientes na faixa etária de cinco anos de idade.

Nesta quarta-feira (21), a Sesau também participou de uma audiência pública, promovida pelo Ministério Público Federal (MPF), para discutir a situação dos casos de doença meningocócica em Alagoas.

Durante a audiência, foi discutida a viabilidade de introdução da vacina contra o meningococo do tipo B na rede pública de Saúde, uma vez que a introdução de qualquer imunizante no calendário vacinal nacional cabe, exclusivamente, ao Governo Federal.

De acordo com os dados da Sesau, oito mortes pela doença foram confirmadas de 1° de janeiro até 21 de agosto deste ano, sendo seis do tipo B, um fechado por critérios clínicos e um aguardando a análise do sorogrupo.

Os bairros que apresentam maior incidência de casos em Maceió, são nos bairros do Jacintinho e Benedito Bentes.

Os números alarmantes de casos de meningite em Maceió são registrados desde 2023, de janeiro a junho a capital registrou 21 casos. Já em Alagoas, foram registradas 29 ocorrências.

Na última segunda-feira (19), uma estudante de uma escola pública da capital alagoana foi diagnosticada com meningite bacteriana. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), já foram adotadas todas as providências necessárias. Nos próximos 10 dias, a Escola Municipal Doutor José Carneiro, situada no Farol, onde a aluna é matriculada, vai ter reforço no monitoramento para identificar possíveis novos sintomas nos frequentadores.

*Com informações da Tribuna Hoje