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Unidade AVC do Hospital de Emergência do Agreste atende mais de 1.200 pessoas em três anos

Serviço que integra o Programa AVC Dá Sinais é referência para os moradores de 46 municípios

Por Ascom HEA 11/09/2024 15h03
Unidade AVC do Hospital de Emergência do Agreste atende mais de 1.200 pessoas em três anos
Dos 1.207 pacientes atendidos pela Unidade de AVC do HEA nos últimos três anos, a maioria residia em Arapiraca, seguida de Palmeira dos Índios e Penedo - Foto: Carla Cleto e Pedro Torres / Ascom Sesau

Certificada internacionalmente como uma das melhores do mundo, a Unidade AVC (Acidente Vascular Cerebral) do Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, completa três anos com a marca de 1.207 usuários atendidos. O serviço, que é referência para os moradores dos 46 municípios que integram a II Macrorregião de Saúde, formada pelo Agreste, Sertão e Baixo São Francisco, integra o Programa AVC Dá Sinais, implantado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Entre os beneficiados está um idoso de 66 anos, morador de Estrela de Alagoas, atendido em março do ano passado. Ele foi 50ª paciente a ser submetido a trombólise, procedimento que utiliza um trombolítico, destinado a dissolver um coágulo no cérebro de uma pessoa acometida pelo popular derrame.

Inicialmente, ele foi socorrido até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Palmeira dos Índios, mas, através do aplicativo de telemedicina Join, utilizado pelo Programa AVC Dá Sinais, as equipes forneceram informações para a rede exclusiva de atendimento.

Em seguida, ele foi transferido para a Unidade AVC do HEA. Ao chegar, foram realizados exames de imagem e avaliação do paciente, até o caso ser diagnosticado como AVC isquêmico. Logo após os procedimentos, o paciente apresentou melhoras no déficit motor e no desvio labial.


“Três anos depois da implantação da Unidade de AVC, olhando como a estatística tem nomes e sobrenomes – são amores de alguém, retornaram para suas casas, para suas famílias, para o mercado de trabalho –, o coração fica cheio de orgulho. Os certificados internacionais colocam a Unidade em destaque mundial, em três anos apenas. Estamos escrevendo novas histórias para os pacientes, com final feliz”, declarou a diretora-geral do HEA, a fonoaudióloga Bárbara Albuquerque.

Certificação Internacional

E diante do grande poder de resolutividade, a Unidade de AVC do HEA está entre as melhores do mundo no acolhimento aos pacientes acometidos pelo derrame. Como prova do trabalho altamente qualificado, em agosto deste ano, o Programa Angels, iniciativa internacional da Boehringer Ingelheim concedeu o certificado WSO Angels Award Platinum Status, atestando o alto poder de eficiência assistencial do serviço.

Para comemorar a data, profissionais da Unidade realizaram um ciclo de palestras no auditório do Sest Senat-Unidade Arapiraca, nesta terça-feira (10). “A importância das Unidades de AVC no tratamento dos pacientes portadores de AVC” foi o tema da primeira palestra, proferida pelo neurologista Cledson Ventura.


Ele explicou que o AVC é a segunda maior causa de morte no mundo, sendo a primeira no Brasil. “Então, uma equipe bem treinada, ágil e dinâmica, consegue aproveitar cada segundo. A Unidade AVC do HEA ocupa um espaço fundamental na estratégia de saúde pública. Por estar em Arapiraca, a localização agiliza os atendimentos e isso se torna resultado positivo para paciente, familiares, e para a própria equipe. Antes, quando não tinha a Unidade de AVC do HEA, as pessoas não tinham como ter acesso a tempo. A realidade agora é outra”, afirmou o médico.

Leitos

O coordenador de enfermagem da Unidade de AVC do HEA, Evânio Silva, apresentou a estatística dos indicadores da unidade, que possui seis leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 10 leitos de Enfermaria. “Nestes três anos atendemos 1.207 pessoas. A maioria vem de Arapiraca, seguida de Palmeira dos Índios e Penedo. Até 50 anos, as mulheres são maioria como vítimas de AVC. A partir daí, os homens assumem o primeiro lugar na estatística. Além disso, o grupo de risco está entre 61 e 70 anos”, disse, salientando que entre os pacientes que deram entrada na unidade, as principais causas de AVC foram pressão arterial elevada, diabetes e tabagismo.

Doutorado

Durante sete anos, a fisioterapeuta Lívia Dantas viveu os plantões e percorreu os corredores do Hospital de Emergência do Agreste. Inclusive, em parte deste tempo esteve como integrante da equipe da Unidade de AVC da instituição. Curiosa e pesquisadora atenta, ela está fazendo uma tese de doutorado sobre o desfecho clínico dos pacientes que sofreram AVC e que tiveram Covid-19.

“O que aconteceu depois da Covid-19, já que hoje a gente tem uma alta incidência de AVC em indivíduos que não têm comorbidade e em indivíduos jovens. Como eu já trabalhava na Unidade de AVC, surgiu a pesquisa para avaliar se existia correlação entre o desfecho clínico, o perfil epidemiológico, o perfil socioeconômico e a presença da doença”, afirmou Lívia.

Principais Sintomas de AVC:

Fraqueza de um lado do corpo

Alteração ou perda de visão

Dificuldade para falar

Desvio de rima labial (sorriso torto)

Desequilíbrio e tontura