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Crea-AL e Ibape realizam visita técnica no Emissário Submarino para avaliar riscos
O grupo também contou com o apoio técnico do eng. civil Agliberto Costa, especialista em estruturas que contribuiu com o seu conhecimento na vistoria
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Nesta última terça-feira, 24, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) conduziu uma visita técnica com especialistas ao Emissário Submarino de Maceió, situado na Avenida Assis Chateaubriand, que vem sendo alvo de preocupação quanto a integridade de sua estrutura.
Com a presença do presidente em exercício do Crea-AL, eng. mecânico Roberto Jorge Chaves de Barros, também foram convidados o presidente da regional alagoana do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape-AL), eng. civil Marcelo Daniel; seu vice-presidente, eng. civil Paulo Roberto; além das também integrantes eng.ª civil Fátima Melo e eng.ª civil Josiane Araújo. O grupo também contou com o apoio técnico do eng. civil Agliberto Costa, especialista em estruturas que contribuiu com o seu conhecimento na vistoria.
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De acordo com Roberto Jorge, a visita buscou ser fruto de uma atuação direta da entidade no caso, já que o interesse público levantou grandes questões quanto a segurança da construção. “Sentimos a necessidade de tomar esta iniciativa de convocar o corpo técnico do Ibape-AL para avaliar os devidos riscos, dada a gravidade da situação que nos foi passada. Os especialistas agora reunirão tudo que foi apurado e elaborarão um relatório técnico que será encaminhado às autoridades como o Ministério Público, a Prefeitura de Maceió e a própria BRK”, revelou Roberto Jorge.
Segundo o presidente do Ibape-AL, eng. civil Marcelo Daniel, as primeiras impressões agravaram ainda mais essa preocupação. “Existe um alto grau de risco aqui. A situação está de tal forma que não existe mais garantia de estabilidade. A erosão é grande, a estrutura está desgastada e segue sustentada apenas pelo todo, podendo ruir a qualquer momento. As providências têm que ser urgentes”, explicou.
Agliberto Costa, engenheiro especialista que também acompanhou a vistoria, confirmou a gravidade da situação e listou alguns pontos de atenção. “Todo o encamisamento dos pilares de sustentação já está totalmente precário, há furos que não foram vedados e que aceleram a ação da água e do sal e o guarda-corpos já está deteriorado. É um conjunto de fatores que denuncia, de forma alarmante, o caráter de urgência que há aqui”, alertou Agliberto.
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A estrutura
Inaugurado em maio de 1989 pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), o Emissário Submarino de Maceió é um sistema destinado a lançar os esgotos sanitários para além da costa, aproveitando a vasão do oceano para realizar um despejo descentralizado.
Dados da BRK, atual administradora, indicam que a estrutura possui 3.6 quilômetros de comprimento, sendo 600 metros de tubulação aérea que leva e dilui as impurezas a uma profundidade mínima de 15 metros.
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