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Cemitério de corais: pesquisadores da Ufal avaliam perda de mais de 90% dos corais em Alagoas

Apesar da beleza vista de cima, o que os pesquisadores encontraram embaixo d'água foi um resultado devastador

Por Redação* 26/09/2024 10h10 - Atualizado em 26/09/2024 11h11
Cemitério de corais: pesquisadores da Ufal avaliam perda de mais de 90% dos corais em Alagoas
Pesquisadores da Ufal avaliam perda de mais de 90% dos corais em Alagoas - Foto: Assessoria

A equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação no Antropoceno (Ecoa) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), divulgou em suas redes sociais o resultado preliminar do estado dos recifes de corais de Alagoas após o evento do branqueamento. De acordo com a pesquisa, o resultado é devastador.

Apesar da beleza vista de cima, o que os pesquisadores encontraram embaixo d'água foi um cemitério de corais.

“Os resultados das nossas análises preliminares foram devastadores. Apesar da beleza dos recifes alagoanos quando vistos de cima, o que encontramos embaixo d’água foi um grande cemitério de corais”, diz um trecho da publicação.

A princípio, a equipe analisou os corais no município de Maragogi, no litoral norte de Alagoas. Os resultados apontam que a mortalidade deve ultrapassar os 90% das comunidades estudadas, algo nunca registrado no litoral alagoano.

Os pesquisadores irão retornar em outubro/novembro para uma nova avaliação e verificar com mais clareza a gravidade do problema.

“Os corais são o coração dos oceanos, fornecendo abrigo e alimento para inúmeras espécies marinhas. Com sua morte, a biodiversidade marinha é afetada, impactando diretamente a pesca, o turismo e até mesmo a proteção da linha de costa contra tempestades e erosões. Quando os corais morrem, os ecossistemas marinhos enfraquecem — e nós, humanos, também sentimos o impacto”, alerta a publicação.

A equipe ainda alerta para a ação que cada pessoa pode fazer, como reduzir o impacto ambiental, apoiando projetos de conservação.

*Com informações da Assessoria