A disputa pela presidência da Caixa de Assistência dos Advogados de Alagoas (CAA-AL) teve um novo desdobramento nesta semana, a candidata Andreia Feitosa, ex-diretora de comunicação da OAB-AL, denunciou ataques machistas e misóginos do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL), Wagner Paes.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Andreia acusa Paes de tentar abalar sua candidatura utilizando trechos de falas antigas dela, de seu período na direção de comunicação da OAB-AL, com o objetivo de enfraquecer sua imagem. A ação, segundo Andreia, ultrapassa os limites da ética e revela um comportamento de intimidação contra mulheres que se posicionam politicamente de forma contrária, além de prejudicar a imagem da própria Ordem.

A candidata gravou um vídeo em que lamenta o que considera mais um episódio de violência política contra as mulheres no contexto eleitoral da OAB-AL. "Enquanto alguns se escondem atrás de ataques e tentativas de silenciamento, outros se erguem com firmeza, mesmo diante de toda perseguição", declarou. 

Para Andreia, a postura de Paes reflete essa estrutura do machismo estrutural ainda presente nos corredores da Ordem, que limita a atuação e a autonomia feminina.

Além disso, Andreia destaca que, ao longo de sua trajetória, dedicou-se ao fortalecimento da OAB-AL e ao bem-estar da advocacia alagoana, mas agora se vê diante de perseguições e tentativas de desqualificação de sua carreira e competência. “Talvez o ego ferido dele seja a motivação. Mas nunca me intimidou ou dobrou minha vontade”, afirmou.

A candidata também reforça um ponto crucial sobre a realidade enfrentada por mulheres em cargos de liderança: o uso de declarações passadas para deslegitimá-las em momentos de ascensão, além do tratamento desigual em relação aos homens em situações semelhantes. "Essa conduta não é apenas desprezível, é covarde e evidencia o quanto ainda precisamos avançar", diz.

Andreia faz um apelo, destacando sua postura como mulher independente e comprometida com os interesses da advocacia, e enfatiza que não permitirá ser tratada como uma figura decorativa na campanha de nenhum candidato. "Estamos diante de alguém que usa o poder como arma, que vê mulheres fortes e inteligentes como ameaças", conclui, deixando claro que não cederá às tentativas de intimidação.

O episódio levantado por Andreia Feitosa acende um debate importante sobre as dificuldades que mulheres enfrentam em disputas eleitorais e em espaços de poder, especialmente em entidades de classe como a OAB.

*Com informações da Assessoria