O Sindicato dos Motoristas de Aplicativos de Alagoas (Sindapps/AL) negou ser o autor de uma convocação para um suposto protesto que ameaça fechar vias importantes em Maceió na manhã desta sexta-feira (22). Apesar disso, a entidade confirmou que um grupo paralelo de motoristas deve sim realizar os bloqueios. 

Segundo o presidente do Sindapps, Carlos Alexandre, o sindicato "não pactua com paralisação fechando vias deixando o trabalhador sem direito de ir e vir", entretanto um grupo paralelo que não tem a ver com o sindicato deverá mobilizar o fechamento de vias, segundo mensagens que circulam nas redes sociais. 

A mensagem promete bloqueios na Rota do Mar, Pontal da Barra, Praça Centenário, Via Expressa e próximo à PRF, a partir das 6h. 

O Sindapps não deu mais informações sobre quem seria formado esse 'grupo paralelo', suas lideranças e se há possibilidade de fechamento de todas essas vias ao mesmo tempo. 

Alexandre afirmou que o Sindapps, em mensagens publicadas nas redes e enviadas à imprensa, poderia fazer uma carreata , "sem atrapalhar a vida do trabalhador", mas não o bloqueio. A medida ainda está em avaliação.

A categoria protesta em homenagem ao colega Márcio Vieira, de 38 anos, encontrado morto no bairro Benedito Bentes, em Maceió. O objetivo também é cobrar mais segurança. São vários os casos de violência que envolvem motoristas de aplicativo na capital alagoana ao longo dos últimos anos. 

"Reforçamos que esta paralisação deve ser realizada de maneira pacífica, sem atos que prejudiquem o trânsito ou coloquem a população em risco, como bloqueios agressivos ou queima de pneus. Nossa força está na união e na organização, mostrando que nossa categoria é feita por profissionais que exigem respeito e dignidade", diz trecho da nota.

Márcio Vieira, de 38 anos, foi encontrado morto, nessa quarta (20), ao lado do carro que alugava para trabalhar. Ele desapareceu após realizar uma corrida do aplicativo e foi localizado pelo rastreamento em tempo real do veículo. A Polícia Civil está investigando o caso.