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Sesau tranquiliza alagoanos sobre vírus respiratório em surto na China

Doença já é monitorada no Brasil desde 2004 e medidas preventivas são suficientes, diz secretaria

Por Redação com Sesau 09/01/2025 15h03
Sesau tranquiliza alagoanos sobre vírus respiratório em surto na China
Transmissão da influenza acontece de forma direta, quando um indivíduo infectado pelo vírus expele gotículas ao falar, espirrar e tossir - Foto: Carla Cleto / Ascom Sesau

O metapneumovírus humano (HMPV), vírus respiratório que ganhou atenção devido ao aumento de casos na China, está sendo monitorado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em Alagoas. A pasta reforça que não se trata de uma nova ameaça e destaca a importância de medidas preventivas para conter infecções respiratórias.

No Brasil, o HMPV foi identificado pela primeira vez em 2004 e está incluído no Sistema de Vigilância das Síndromes Gripais (SG) e das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs). Transmitido por gotículas de saliva, contato com secreções respiratórias ou superfícies contaminadas, o vírus afeta principalmente crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.

A técnica de Vigilância Epidemiológica da Covid-19, Influenza e Outros Vírus Respiratórios, Ana Paula Freitas, esclareceu que o HMPV provoca infecções nas vias respiratórias superiores e inferiores, com sintomas como febre, tosse, congestão nasal e, em casos graves, dificuldade para respirar.

O diagnóstico é realizado por testes laboratoriais que identificam o vírus em secreções respiratórias. Não há vacina ou tratamento antiviral específico para o HMPV; o manejo é baseado nos sintomas. Casos leves são tratados com repouso, hidratação e medicamentos sintomáticos, enquanto casos graves podem exigir hospitalização e suporte intensivo.

Freitas enfatizou a necessidade de manter as vacinas contra outros vírus respiratórios, como Covid-19 e Influenza, em dia. Ela também recomendou medidas preventivas como higienização das mãos, uso de máscaras em locais fechados, distanciamento de pessoas infectadas e ventilação adequada dos ambientes.

A Sesau reforça que, apesar do aumento de casos na China, o HMPV não apresenta características de alta transmissibilidade global ou de gravidade que justifiquem alarme no Brasil.