O influenciador alagoano, Carlinhos Maia, deu uma pausa na sua viagem por Orlando, nos Estados Unidos, para se pronunciar sobre as novas regras envolvendo movimentações via Pix. Nesta quarta-feira (15), o o governo federal resolveu revogar a medida em meio a críticas da oposição e uma avalanche de fake news nas redes sociais.

Nos stories do Instagram, o humorista elogiou o vídeo compartilhado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL/MG) e, aos mais de 33 milhões de seguidores que possui apenas na plataforma, reproduziu uma série de desinformações, afirmando que o Pix seria “cobrado” pela Receita Federal.

Internautas se revoltaram com a postura do influenciador, considerando-a uma ajuda para espalhar desinformação sobre o Pix. Uma internauta classificou Carlinhos Maia como "burro".

O que Carlinhos Maia disse?

“Tô passando informações, sou jornalista agora também, aqui vocês vão ver de tudo”, começou Carlinhos Maia.
“Lá no Brasil, o vídeo do menino [Nikolas Ferreira] falando do Pix, achei maravilhoso, entendeu? Porque cobrar do Pix não existe… Vai, pobre!”, criticou o marido de Lucas Guimarães.
“Certo é certo, errado é errado. Cobrar do Pix não existe. Já tá lascado, cobrou do Pix já era. Achei maravilhoso, viralizou”, reforçou Carlinhos Maia.
“Isso é uma coisa importante, isso é uma coisa legal, independente de ser direita, esquerda, central, centro-oeste, meu cu. Amei, arrasou”, encerrou o influenciador.
Carlinhos Maia apagou o vídeo publicado nos stories, mas o material viralizou nas redes.

Entenda a polêmica

O Pix é o sistema de pagamentos contínuo e em tempo real do Banco Central (BC), em funcionamento desde novembro de 2020.
Segundo a medida derrubada pelo governo, transações nessa modalidade que somassem pelo menos R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas seriam informadas à Receita.
Segundo o Fisco, as normas sempre foram as mesmas, sendo apenas incluído o novo sistema de pagamentos.
Apesar disso, o governo federal tem sido acusado de fechar o cerco à classe média, enquanto a Fazenda alega que a medida é direcionada aos grandes sonegadores.
Políticos da oposição criticaram a medida e diversas notícias falsas sobre uma suposta taxação do Pix começaram a circular na internet.
Diante a pressão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida foi revogada para frear golpes que estavam sendo aplicados sob o pretexto da suposta taxação do meio de pagamento.

*Com informações do Metrópoles e Revista Fórum