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Vereadora de Feliz Deserto pede fim de atividades de mineração de areia no município

Tânia Melo (PDT) participou, ao lado de moradores, de reunião com o MPF, para denunciar que atividade de mineração tem provocado rachaduras em casas na cidade

Por Gabriel Ricardo* 06/02/2025 10h10 - Atualizado em 06/02/2025 12h12
Vereadora de Feliz Deserto pede fim de atividades de mineração de areia no município
Vereadora Tânia Melo (PDT) - Foto: Reprodução/Instagram

O MPF realizou na tarde da última terça (4) uma audiência com moradores e representantes do município de Feliz Deserto, localizado no Litoral Sul alagoano. O intuito da reunião foi de receber as denúncias e reclamações dos moradores acerca das atividades de extração de areia da empresa Geomineração, que, segundo eles, estão provocando tremores no solo e rachaduras nas casas.

A Geomineração estabeleceu operações em Feliz Deserto em meados do ano de 2024, suas atividades envolvem a extração de areia com o intuito de vender para a Braskem tamponar as minas de salgema em Maceió.

Dando voz às reivindicações dos presentes, a vereadora da cidade de Feliz Deserto Tânia Melo (PDT) realizou o pedido de encerramento das operações da Geomineração na área, argumentando que danos sérios estavam sendo causados ao meio ambiente, às casas dos moradores e rodovias na região.

“A extração de areia em Feliz Deserto está prejudicando a população do município. A rodovia está completamente esburacada por conta da movimentação de caçambas que levam a areia para Maceió. Por isso, nós estamos aqui para pedir que parem com essa atividade”, solicitou a vereadora durante a audiência.

Durante o encontro, foi ainda manifestada a preocupação com uma possível tragédia em decorrência das alterações provocadas pela mineração na região, uma vez que a ação, ainda segundo os denunciantes, está formando uma barragem com terra e detritos contendo água da chuva às margens da AL-101 Sul.

“As implicações vão mais além e envolvem danos ambientais terríveis, já que estão sendo abertas uma piscina olímpica por dia com a abertura de crateras enormes no município, que está incluído na Área de Preservação Ambiental (APA) do Peba”, afirmou um dos moradores presentes no encontro.

Em nota, o MPF informou que embora já estejam sendo realizadas investigações sobre a regularidade das atividades de extração de areia na região, ainda não tinha conhecimento das consequências da mesma nas residências das pessoas. O órgão instruiu os moradores reclamantes a formalizarem a denúncia com documentos e informações nos canais oficiais, a fim de que inicie-se a apuração do problema.

*Com informações da Tribuna independente

*Estagiário sob supervisão