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Professor denuncia ao MPF "sorteio" para preenchimento de vagas em cursos do IFAL

Conforme a denuncia, um edital da gestão formalizou a adoção do sorteio como método de seleção.

Por Cada minuto 17/03/2025 16h04
Professor denuncia ao MPF 'sorteio' para preenchimento de vagas em cursos do IFAL
IFAL foi denunciada ao Ministério Público Federal (MPF) - Foto: Divulgação

A adoção, pela gestão do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), de sorteio como critério de seleção para preenchimento de vagas remanescentes nos cursos superiores, especificamente no Campus Piranhas, foi denunciada ao Ministério Público Federal (MPF) por um dos professores do Instituto, Alexandre Fleming.

A denúncia foi protocolada por Fleming, que é docente da disciplina de Políticas Públicas da Educação nos cursos superiores, na sexta-feira (14).

Conforme o documento, um edital da gestão formalizou a adoção do sorteio como método de seleção.

"Nenhuma norma interna do IFAL prevê ou autoriza o uso de sorteio como critério de seleção. A prática levanta dúvidas sobre sua conformidade com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determina que o ingresso no ensino superior deve ocorrer com base no desempenho acadêmico, e com a Constituição Federal, que assegura o acesso à educação com base na capacidade de cada um", argumenta o professor.

Ele acrescenta que, após a saída do IFAL do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a instituição passou a adotar medidas alternativas para o preenchimento de vagas remanescentes, incluindo o sorteio, "o que representa um claro retrocesso nos princípios de justiça e igualdade que deveriam nortear o acesso ao ensino superior".

"O sorteio compromete a isonomia e a transparência do processo seletivo, desconsiderando o desempenho acadêmico dos candidatos. Solicitei ao MPF a investigação dos fatos, a análise da legalidade dessa prática e a suspensão temporária do sorteio até que se esclareçam todas as dúvidas jurídicas e educacionais sobre o caso", concluiu.

O Ifal informou, por meio de sua assessoria de Comunicação, “que o referido edital não está disponível para a comunidade e que assim que foi identificada a necessidade de correção do ato administrativo, as medidas cabíveis foram tomadas”.