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MPAL vai recorrer de pena aplicada a autor de feminicídio brutal em Maceió
Mesmo com condenação de 24 anos e seis meses, Ministério Público considera sentença branda diante da crueldade e das qualificadoras reconhecidas pelo júri

O Ministério Público de Alagoas (MPAL) anunciou que irá recorrer da sentença de 24 anos e seis meses de prisão imposta a Evanderson Seixas dos Santos, condenado pelo assassinato da ex-companheira Elizabete Nascimento de Araújo.
O crime, marcado por extrema violência e crueldade, ocorreu em plena luz do dia no bairro do Jacintinho, em Maceió, no último dia de 2022.
Segundo o MPAL, a pena aplicada não condiz com a gravidade dos fatos, e por isso será apresentado, nesta quarta-feira (8), um recurso de embargos declaratórios, com o objetivo de que o juiz reavalie a dosimetria da sentença.
Durante o julgamento, que durou cerca de 10 horas, o promotor de Justiça Antônio Villas Boas apresentou provas contundentes da autoria e da brutalidade do crime, que foi qualificado por motivo torpe, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima.
Quatro testemunhas de acusação foram ouvidas, enquanto a defesa contou com depoimentos da mãe e da atual companheira do réu.
De acordo com a denúncia, Elizabete foi assassinada por se recusar a cumprir exigências financeiras do acusado relacionadas à partilha de bens.
A emboscada aconteceu no meio da rua, ao meio-dia, em um ato que o Ministério Público classificou como premeditado e covarde.
“Apesar da condenação e do acolhimento das nossas teses pelo júri, entendemos que a pena fixada não reflete adequadamente a gravidade do crime. Por isso, vamos buscar uma nova definição da sentença”, afirmou o promotor Villas Boas.
