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Protesto de pescadores fecha Porto de Maceió durante chegada do último cruzeiro da temporada

Segundo os manifestantes, a proibição da pesca de arrasto por questões ambientais seria a justificativa para as ações de fiscalização do Ibama

Por Redação* 24/04/2025 11h11 - Atualizado em 24/04/2025 16h04
Protesto de pescadores fecha Porto de Maceió durante chegada do último cruzeiro da temporada
Protesto de pescadores pecha Porto de Maceió - Foto: Reprodução

Pescadores e proprietários de embarcações bloquearam, nesta quinta-feira (24), a entrada do Porto de Maceió em protesto contra as apreensões realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O protesto ocorreu no mesmo dia em que o último cruzeiro da temporada 2024/2025 atracou no porto, trazendo milhares de turistas.

Os manifestantes alegam que, mesmo utilizando técnicas permitidas, como a pesca de linha em alto-mar, o Ibama continua apreendendo barcos e mercadorias. De acordo com os pescadores, pelo menos cinco embarcações foram confiscadas nas últimas semanas, apesar de eles terem tentado se adaptar à proibição da pesca de arrasto, vigente neste período. Além disso, os pescadores denunciam que o Ibama tem solicitado licenças de pesca que nunca foram concedidas, mesmo após uma reunião entre o órgão e os trabalhadores.

Segundo os manifestantes, a proibição da pesca de arrasto por questões ambientais seria a justificativa para as ações de fiscalização do Ibama. No entanto, os pescadores afirmam ter adotado a pesca de linha, uma prática menos impactante, mas continuam enfrentando apreensões e punições.

Por outro lado, os fiscais do Ibama defendem que as apreensões estão ocorrendo porque pescadores estão atuando em alto-mar sem a devida licença.

O bloqueio do acesso ao Porto de Maceió acontece justamente no dia da chegada do último cruzeiro da temporada 2024/2025, vindo da Europa com centenas de turistas a bordo.

Um representante do Porto de Maceió tentou negociar com os manifestantes, mas eles exigem um diálogo mais efetivo e uma solução definitiva para o impasse com os órgãos responsáveis. A Polícia Federal também foi chamada para acompanhar a situação no local.

*Com informações da Gazetaweb