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Urbanitários protestam contra a privatização da Casal

Leilão na bolsa de valores de São Paulo está marcado para esta quarta-feira (30)

Por Tribuna Hoje 29/09/2020 13h01
Urbanitários protestam contra a privatização da Casal
Foto: Edilson Omena.

Os Urbanitários realizaram nesta terça-feira (29), um ato público contra a privatização da água em Alagoas. A concentração partiu da frente do prédio sede da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), na rua Barão de Atalaia, seguida de caminhada pelas ruas até a Assembleia Legislativa no Centro de Maceió.

“Nesta quarta-feira, dia 30, o povo alagoano será fortemente golpeado pelo governo de Alagoas, que irá entregar ao capital privado a água do povo alagoano”, disse os Urbanitários em nota.

“Amanhã está previsto o leilão, de forma fria e calculista, na bolsa de valores de São Paulo, do produto de maior valor para a vida humana, que é a água. Sem água não há vida. A experiência internacional mostra que em todos os locais onde foi privatizada, a entrega da água como fonte de lucro deu errado, precisando ser reestatizada poucos anos depois.”, discorre o comunicado à imprensa.

A presidente do SindUrbanitários, Dafine Oreon, enfatizou que em Alagoas os mais pobres é que vão sofrer. Com a entrega da arrecadação ao capital privado das áreas mais rentáveis do sistema, “os recursos que mantinham as pequenas cidades, povoados e vilarejos do interior serão mantidas com quais recursos? É o fim do subsídio cruzado”.

Segundo a sindicalista, com a privatização os SAAE’s poderão ser extintos. Sistemas municipais que funcionam de forma eficiente, com tarifas menores do que as praticadas pela Casal terão aumento de tarifa, previsto no edital do leilão. Como os pobres pagarão a conta?

Os Urbanitários buscaram alertar o governo, sociedade, classe política e entidades do setor. Os alertas dos técnicos e especialistas foram os mais diversos.“Infelizmente, mais uma vez, assim como já ocorreu com a Equatorial, as consequências virão com tarifas mais altas, falta de água para os mais pobres e prejuízo econômico e social para o governo. “Vamos todos juntos nesta terça-feira protestar contra esse ato absurdo. A hora é agora! Somente unidos obteremos vitória!”.