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Alagoas reduz 3,5% casos de Covid-19, aponta Fiocruz

Ocupação de leitos de UTI no Estado ainda está acima dos 80%, considerado crítico pela Fundação Oswaldo Cruz

Por Redação com com informações Fiocruz 14/04/2021 11h11
Alagoas reduz 3,5% casos de Covid-19, aponta Fiocruz

O novo Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz, divulgado no dia 09 de abril, apontou que Alagoas teve uma redução de 3,5% no número de novos casos e estabilidade de 0,8% de óbitos pela Covid-19. Na avaliação da Fundação, com os dados consolidados para o país, há uma confirmação da tendência de aumento da transmissão da doença no Brasil. O boletim analisou a semana epidemiológica 12 e 13, de 21 de março a 3 de abril. 

As maiores taxas de incidência de Covid-19 foram observadas em Rondônia, Amapá, Tocantins, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal. Taxas de mortalidade elevadas foram verificadas em Rondônia, Tocantins, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.  

A maioria das unidades da Federação apresentou estabilidade no período, com exceção do Amazonas, que teve uma redução de cerca de 5% no número de óbitos, e de Roraima, Alagoas e Santa Catarina, onde foram observadas diminuições no número de casos. Para as demais unidades é verificada tendência de manutenção ou mesmo de aumento do número de óbitos (Ceará, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal).

Na maior parte dos estados foi observada uma alta das taxas de letalidade, dada pela proporção de casos que resultaram em óbitos por Covid-19, que vinham se mantendo em torno de 2% até o início do ano. As maiores taxas de letalidade foram observadas no Rio de Janeiro (6,2%) e Rio Grande do Sul (4,1%), este último figurando pela primeira vez como crítico desde o início da pandemia. Os valores elevados de letalidade revelam graves falhas no sistema de atenção e vigilância em saúde nesses estados, como a insuficiência de testes diagnóstico, identificação de grupos vulneráveis e encaminhamento de doentes graves. 

Ocupação de Leitos
Em Alagoas, durante os 13 primeiros dias de abril, a ocupação de leitos de UTI permaneceu acima dos 80%, o que implica no nível crítico para o sistema de saúde. Nesta terça-feira, de acordo com boletim da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), o Estado está com 88% de leitos de UTI ocupados. Maceió se encontra com 90% de unidades de tratamento intensivo ocupados e o interior com 85%. 

No Boletim da Fiocruz, a sobrecarga dos hospitais, verificada pela ocupação de leitos de UTI, se mantêm em níveis críticos. em um número recorde de casos e de óbitos com diagnóstico confirmado por Covid-19. Nas semanas epidemiológicas 12 e 13 de 2021 (21 de março a 3 de abril), o Brasil apresentou uma média diária de 72 mil casos e 2,7 mil óbitos diários, com tendência de aumento nos últimos dias desse período, chegando a valores superiores a 4 mil óbitos.

Síndromes Respiratórias
As incidências de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) em todos os estados e no Distrito Federal ainda se encontram em níveis muito altos, mas houve uma tendência de redução de número de casos nas últimas semanas. No boletim anterior, quatro estados tiveram taxas de incidência superiores a 20 casos por 100 mil habitantes, mas nas últimas duas semanas apenas o Distrito Federal (22,4 casos/100 mil hab. na média móvel) esteve nesta faixa. 

Em 16 estados, mais o DF, as taxas ainda se apresentam muito elevadas, superiores a 10 casos por 100 mil habitantes: Rondônia, Pará, Tocantins, Ceará, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Goiás. Para Maranhão e Espírito Santo verifica-se preocupante quadro de crescimento significativo de casos de SRAG. Vale lembrar que eventuais estabilidades nos estados ainda não são desejáveis e que estas incidências estão muito acima do padrão esperado. Alagoas se encontra com taxa de 11.2, nível considerado "muito alto" para a Fiocruz.