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Fundação Casa do Penedo reabre biblioteca para consulta pública com novidades

Mudanças no local se estendem aos espaços de exposição permanente

Por Correio do Povo 15/04/2015 12h12
Fundação Casa do Penedo reabre biblioteca para consulta pública com novidades

A biblioteca da Fundação Casa do Penedo foi reaberta ao público neste sábado, 11 de abril, um presente aos 379 anos do reconhecimento, pela Coroa Portuguesa, do povoado ribeirinho que recebeu o nome de Vila do Penedo do São Francisco. A retomada da consulta ao melhor acervo cultural disponível em Penedo acontece com novidades: títulos em Braille e digitalização de todo arquivo de fotografias da instituição.

Fundador da Casa do Penedo, Francisco Alberto Sales atendeu a reportagem do Correio do Povo de Alagoas na véspera da reinauguração da biblioteca. Com o encantamento dos que sabem o prazer da leitura, ele mostrou alguns dos duzentos títulos em Braille ou graficamente produzidos para pessoas com diferentes níveis de acuidade visual.

“Nós temos livros do Graciliano Ramos, de Shakespeare, autores de best-sellers, são muitos! Temos também edições para pesquisa de estudantes de diferentes etapas do ensino, como mapas e obras de referência, a exemplo do livro do meu amigo Cícero Péricles”, declarou, mostrando a contribuição do economista alagoano, autor do atualíssimo Economia Popular, em sua 2ª edição, revisada e ampliada em 2007.

Sales acrescenta que parte do acervo para deficientes visuais também está disponível em formato audiovisual. Com o mesmo entusiasmo, ele mostra os arquivos Augusto Malta (fotografias) e Amaranto Filho (periódicos). O primeiro assegura acesso às imagens agora preservadas e identificadas, todas protegidas do contato direto com a mão humana.

Para serem vistas, as fotografias estarão disponíveis por meio digital, assim como parte do vasto acervo do alagoano Augusto Malta, autor de imagens que documentam paisagens e transformações urbanas no Rio de Janeiro nos idos de 1900, trabalho de referência disponível em perfil no Facebook com o nome do sertanejo de Mata Grande.

A segunda sala está reservada para consulta e conservação de jornais que circularam em Penedo, além de outros impressos, arquivo que leva o nome do jornalista e deputado estadual penedense Amaranto Filho, editor de impressos como O Typografo (1897).

Para reorganizar o acervo e executar as obras necessárias, a Fundação Casa do Penedo teve o apoio da Petrobras Cultural, o que também viabilizou a contratação da pesquisado Fátima Campelo (Fundação Joaquim Nabuco) e das bibliotecárias Janaína Xisto e Lúcia Nascimento (Ufal).

As mudanças na Casa do Penedo também se estendem aos espaços de exposição permanente, com novas coleções. A galeria dos Penedenses Ilustres – uma redundância, segundo Sales que considera todo nativo digno do elogio – ganhará amanhã mais cinco integrantes, entre eles duas mulheres: a museóloga Carmem Lúcia Dantas e a empresária Lysia Ramalho Marinho. Charles Leahy, Carlos Méro e Mário Aloísio Barreto Melo são os demais homenageados.