Municípios

Região Norte de AL avança para encerrar seus lixões

Por AMA ALAGOAS 09/10/2017 14h02
Região Norte de AL avança para encerrar seus lixões

Os municípios do Norte de Alagoas já começaram os preparativos para dar fim aos seus lixões. Técnicos da Alagoas Ambiental, empresa que irá auxiliar o Consórcio de Municípios do Norte (Conorte) na construção da estação de transbordo, estiveram visitando a área onde a obra será executada. O local adquirido fica na cidade de Porto Calvo, e a visita foi acompanhada pelo prefeito da cidade e presidente do Consórcio, David Pedrosa.

A estação de transbordo é o ponto de transferência intermediária de resíduos que serão coletados nas cidades da região, e posteriormente levados a algum lugar apropriado para descarte. Eles são criados em função da considerável distância entre a área de coleta e o local de destinação final.

Segundo o prefeito David Pedrosa, a maioria dos municípios do norte irá utilizar o transbordo, uma vez que é inviável a construção de um aterro sanitário na área, devido ao seu alto custo de construção e manutenção. O prefeito considera ainda que este é um marco para a região, que, finalmente, irá pôr fim aos lixões, respeitando a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

“Em pleno 2017 não se pode mais tolerar que o meio ambiente e a população sofra com o destarte irregular de lixo. Mas ao mesmo tempo as prefeituras não tem condições financeiras de resolver. Com o consórcio, vimos que a construção do transbordo para uma destinação final correta é a alternativa mais viável. Assim, colocamos fim aos lixões e todos saem ganhando: população e meio ambiente”, destacou.

Estão previstas duas áreas para transbordo, sendo que uma já está em fase de projeto, deve ser inaugurada até o final do ano.
Alagoas ainda possui mais de 50% dos seus municípios destinando lixo de forma irregular. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) vem multando essas cidades, uma vez que a Política Nacional de Resíduos Sólidos já determinou o fim dos lixões desde o ano passado. A instalação de um aterro sanitário dentro das normas da legislação ambiental exige um investimento de cerca de R$ 25 milhões, por isso, a alternativa para muitos municípios está sendo a formação de consórcio e as destinação à Centrais de Tratamento já existentes.

“Quando vamos olhar os custos equivalentes fica compatível, porque o lixão também tem seus gastos, como trator para limpeza, transporte, e não é algo legal. É um investimento que vale a pena para deixar a cidade e o meio ambiente bem cuidados. Tenho certeza de que os municípios da região irão tomar essa iniciativa”, afirmou o presidente do Conorte, prefeito David Pedrosa.