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Poeta arapiraquense retorna à cidade para lançar seu 8º livro
Ezra Pound dizia que o poeta é a antena da raça humana. Ele capta o que está além da compreensão imediata e vê a aura do momento manifesto. A vicissitude das coisas.
É assim que o poeta arapiraquense José Inácio Vieira de Melo apresenta seus versos. Filtrando o ambiente cósmico e adentrando em sua investigação mais íntima.
E ele se escancara mais uma vez — é a sua oitava — com seu novo livro “Entre a Estrada e a Estrela”, lançando-o em evento aberto nesta quinta-feira (12) no Vinil Coffee Bar, bairro de Santa Esmeralda.
Haverá um sarau literário a partir das 20h onde José Inácio recitará boa parte dos poemas deste e de livros anteriores e, em seguida, a noite de autógrafos. A obra, publicada pela Mórula Editoral, estará a venda no local por R$ 40.
Afora as fotos internas feitas por Ricardo Prado, “Entre a Estrada e a Estrela” tem duas capas distintas, ilustradas pelo artista Felipe Stefani. Talvez esta dicotomia brinque com os dois longos poemas complementares que dividem o livro: “O mundo foi feito pra gente andar”, na primeira parte, e “Na esteira do infinito”, na segunda. Cada um deles é dividido em 21 segmentos.
Existem aí, neste percurso entre um eixo e outro, as influências do poeta por figuras como Bob Dylan, Jesus Cristo, Herberto Helder, Zé Ramalho, Antonio Machado e Fagner em que José Inácio caminha sobre os mares revoltos do oásis caatingueiro que é a vida.
Seu último livro, o conceitual e místico “Sete”, lançado pela editora Sete Letras em 2015, foi o vencedor do Prêmio Quem, da revista de mesmo nome, da editora Globo, na categoria Literatura – Melhor Autor.
José Inácio vive hoje na Bahia, onde foi radicado, e é coordenador e curador de diversos festivais literários pelo país e participante de antologias no Brasil e no exterior. Tem poemas traduzidos para o alemão, árabe, espanhol, finlandês, francês, inglês e italiano.