Municípios
Alagoas tem 38 municípios em estado de emergência
O governo do estado decretou emergência em virtude da seca em 38 municípios de Alagoas. O decreto, que tem o parecer da Defesa Civil, tem validade por um período de 180 dias.
O estado em conjunto com as cidades que estão em situação de emergência, agora deve solicitar ao Ministério da Integração Nacional que a avaliação do decreto seja antecipada e a Operação Carro-pipa seja retomada de imediato.
O decreto de Situação de Emergência foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) dessa quarta-feira (1º).
Os municípios que estão no decreto são: Água Branca, Arapiraca, Batalha, Belo Monte, Cacimbinhas, Canapi, Carneiros, Craíbas, Coité do Nóia, Delmiro Gouveia, Dois Riachos, Estrela de Alagoas, Girau do Ponciano, Inhapi, Igaci, Jacaré dos Homens, Jaramataia, Lagoa da Canoa, Major Izidoro, Maravilha, Mata Grande, Minador do Negrão, Monteirópolis, Olho d’Água das Flores, Olho d’Água do Casado, Olivença, Ouro Branco, Palestina, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Pariconha, Piranhas, Poço das Trincheiras, Quebrangulo, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Senador Rui Palmeira e Traipu.
A situação de anormalidade é válida apenas para as áreas dos municípios comprovadamente afetadas pelo desastre, conforme prova documental estabelecida pelos respectivos Formulários de Informação de Danos (Fide).
O governador justifica o decreto considerando que compete ao Estado a preservação do bem estar da população e das atividades socioeconômicas das regiões atingidas por eventos adversos, bem como a adoção imediata das medidas que se fizerem necessárias para, em regime de cooperação, combater situações emergenciais.
Também avalia que há redução das precipitações pluviométricas que continua assolando os municípios do semiárido alagoano para níveis sensivelmente inferiores aos da normal climatológica e a queda intensificada das reservas hídricas de superfície provocada pela má distribuição pluviométrica na região.
AMA
Segundo a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), a Operação Carro-pipa, do Governo Federal, foi suspensa em todos os municípios porque acabou a vigência do contrato anterior. “Há uma semana a AMA reuniu técnicos e coordenadores municipais de defesa civil para um novo mutirão de atualização de documentos”.
“Este ano tem sido bastante irregular com um dos piores invernos. Maio choveu, junho foi seco, julho choveu um pouco, mas não deu nem para molhar a terra. Os agricultores não conseguem arar as terras para fazer o plantio. Infelizmente, vamos ter prejuízo na agricultura”, afirmou o presidente da AMA, Hugo Wanderley, ao lembrar que são os prefeitos que acabam arcando com o prejuízo de manter os carros pipas nesses municípios.
A operação do Exército atende 95 mil pessoas, com 140 caminhões nas cidades afetadas e que têm decreto de emergência segundo a AMA.