Municípios
Mesmo com mais chuvas em 2018, reservatórios do NE têm pouca água
Choveu um pouco mais no Nordeste em 2018, depois de anos de seca. Mas em muitas regiões, como Pernambuco e Rio Grande do Norte, tem pouca água nos reservatórios.
No sertão de Pernambuco, o período chuvoso acabou no mês de abril. E de acordo com dados do Instituto Agronômico do estado, a precipitação média foi abaixo do esperado. Por causa disso, teve agricultor que perdeu tudo o que plantou.
“Eu esperava tirar uns 40 sacos. O ano passado eu tirei 40 e poucos sacos e este ano não dá dez”, conta o produtor Anacleto de Souza Moreno.
A falta de chuvas tem se refletido nos mananciais. A barragem de Jucazinho, na região Agreste, está com apenas 5% da capacidade.
“Como a chuva é mal distribuída, alguns agricultores plantaram em fevereiro e colheram um pouco. Mas quem plantou em abril, foi perda total”, diz o agrônomo Fábio Cesar.
Na zona rural de Caruaru, a 132 quilômetros do Recife, a vegetação está seca. Na propriedade de Luiz Tiburcio, por exemplo, os animais são alimentados com o que sobrou da silagem de milho que foi armazenada.
A previsão é de que os meses de novembro e dezembro de 2018, além de janeiro de 2019, sejam de pouca chuva no estado. No Agreste, só deve chover de forma mais significativa a partir de março.
Rio Grande do Norte
Desde o início da seca, em 2012, que não chovia tão bem no Rio Grande do Norte. A chuva trouxe fartura para a casa de Marineide de Mendonça, que sustenta a família com a pesca do açude Mendubim, em Assu. Em maio, ele sangrou, e vai terminar o ano ainda com bastante água.
“Ele (quando fica) seco deixa todo mundo desempregado”, conta a pescadora.
Mas em boa parte do estado a situação é diferente. As últimas chuvas no interior do estado foram registradas em julho, mas já bem fracas: nos municípios da região, de 4 a 5 milímetros. De agosto para cá, só seca, altas temperaturas e baixa umidade.