Municípios
Governo inicia expansão da assistência às vítimas de violência sexual para o Agreste
Coordenação da rede estadual se reuniu nesta quinta-feira, em Arapiraca, com técnicos da saúde e da segurança pública para dar início ao processo
Dois meses e meio após implantar o Serviço de Assistência às Vítimas de Violência Sexual em Maceió, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciou, nesta quinta-feira (17), o processo de expansão para o Agreste. Técnicos da pasta estiveram na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Arapiraca, onde se reuniram com profissionais das áreas de saúde, segurança pública e representantes da sociedade civil organizada.
O encontro teve como propósito expandir para o interior de Alagoas as ações do serviço de atendimento 24 horas, criado por meio da portaria n° 2.184, expedida pela Sesau e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 30 de julho de 2018. Por meio do serviço, uma equipe multiprofissional, formada por especialistas das áreas de enfermagem, serviço social e psicologia, atua para prestar assistência às vítimas de violência sexual, após realizar busca ativa ou serem acionadas através do telefone.
Segundo a coordenadora da Rede de Assistência às Vítimas de Violência Sexual da Sesau, a psicóloga Camile Wanderley, o trabalho de assistência é feito, inicialmente, em articulação com os profissionais da área da Atenção Primária da Saúde. Em seguida, explicou ela, a atuação passa a ocorrer conjuntamente com os outros órgãos que formam a rede.
A coordenadora também adiantou que a proposta é implantar o serviço em Arapiraca, no Hospital de Emergência do Agreste. A finalidade é ampliar as ações e criar uma nova cultura de atendimento, com um olhar mais atento e humanizado para as vítimas de violência sexual dentro das unidades mantidas pela Sesau.
O conselheiro tutelar Lázaro Lopes, que atua em Arapiraca, elogiou a iniciativa da Sesau em estender as ações da rede para o interior de Alagoas. Ele revelou que crianças e adolescentes são as principais vítimas dos casos de violência sexual registrados no município e região.
Lázaro Lopes revelou que, no último semestre, o núcleo do Conselho Tutelar de Arapiraca atendeu 38 casos de violência sexual. "A implantação da rede, aqui em nossa região, será muito importante para dar mais apoio ao nosso trabalho e às equipes que atuam nas comunidades", declarou.
Participaram da reunião, em Arapiraca, gestores, técnicos e profissionais de saúde do Hospital de Emergência do Agreste, Hospital Chama, Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca, Instituto Médico Legal (IML), Samu, Conselho Tutelar e Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Arapiraca.