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Policiamento em escolas de Maceió ganha reforço de 20 novos militares
Depois do massacre em uma escola de Suzano, o Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc) informou que deve manter as ações normais de policiamento preventivo e ostensivo nas unidades escolares. Desde segunda-feira, a atividade ganhou o reforço de 20 novos policiais, formados em fevereiro.
De acordo com o comandante do BPEsc, tenente-coronel Jorge Francelino Tenório, além do efetivo, que já saiu às ruas, também foram disponibilizadas mais viaturas - o batalhão costumava operar com seis ou sete carros diários. Antes de começar as rondas os PMs receberam um treinamento específico.
"Eles entraram hoje na escala de serviço. Se formaram em fevereiro, estagiaram em batalhões de área e ficaram à disposição para cobrir carnaval. Quando acabou se apresentaram e agora estão na fase de aperfeiçoamento. O Batalhão Escolar faz um policiamento específico, então o policial precisa ter o perfil, ter noções de direitos humanos, porque vai lidar com crianças e adolescentes".
O comandante acrescenta que, após o massacre na escola de Suzano, que causou a morte de dez pessoas, ainda não conversou sobre o assunto com as Secretarias de Educação do Estado e do município de Maceió. Mas não descarta discutir a situação com os órgãos responsáveis.
"O BPEsc está sempre à disposição das secretarias, que são parceiras do batalhão. Diante desse contexto, dessa tragédia lamentável, é uma ideia salutar procurar os órgãos para uma reunião. Me coloco à disposição para que, juntos, o batalhão e os demais órgãos, a gente contribua para a segurança nas unidades escolares", diz.
Ao todo, 244 escolas - sendo 140 municipais e 104 estaduais - na Grande Maceió contam com o policiamento preventivo e ostensivo. O trabalho é feito diuturnamente, nos três turnos. Por questões estratégicas, o número de policiais que integram as guarnições não é divulgado pelo comandante.
"É a quantidade suficiente para cobrir demandas necessárias", afirma o tenente-coronel Jorge Francelino Tenório, acrescentando que unidades mais violentas têm maior atenção. "Nas escolas que costumam ter maior índice de ocorrências, as diretoras têm nosso telefone e atendemos de imediato a demanda que chega".