Municípios
Municípios conferem exigências para novo mapa do turismo
Dos 67 municípios identificados com vocação turística em Alagoas, de acordo com a última atualização do Mapa do Turismo realizada em 2017, alguns ainda não possuem parte dos requisitos necessários exigidos pelo Ministério do Turismo entre compromissos e recomendações para fazerem parte dessa nova edição. Esse foi um dos assuntos abordados no segundo encontro promovido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), que aconteceu em São Miguel dos Milagres, com a presença de autoridades estaduais e o trade turístico da Rota Ecológica.
Entre os compromissos e recomendações para a inclusão dos municípios na versão 2019, o Ministério do Turismo determinou a presença de um órgão responsável pelo turismo, no caso as secretarias municipais; necessidade de um conselho de turismo ativo, em particular o Conselho Municipal de Turismo, com a presença de todos envolvidos com o turismo local; participação de uma instância de governança, existência de prestadores de serviços turísticos que estejam registrados no Cadastur (agências de viagem, organizadoras de eventos, parque temático, acompanhamento turístico, guia de turismo, meios de hospedagem e transportadora turística), e um orçamento próprio destinado ao setor, esse o principal entrave, já que poucas secretarias possuem orçamento.
São Miguel dos Milagres recebeu a segunda visita de mobilização e sensibilização para os gestores municipais aderirem com seus municípios no novo Mapa do Turismo. A proposta faz parte do processo de atualização, que acontece a cada dois anos e tem como objetivo identificar os destinos com potencial turístico no Estado, além de esclarecer as mudanças na lista de critérios obrigatórios para integrar o projeto.
Atualmente, Alagoas conta com 67 cidades identificadas com vocação turística de acordo com a última atualização. Mas conforme a política do governo federal, no novo mapa haverá um refinamento dos municípios que, de fato, apresentem potencial voltado ao setor a partir da inserção destas novas exigências, como reitera o superintendente de Turismo da Sedetur, Paulo Kugelmas.
Segundo ele, é importante que apenas os municípios que tenham realmente uma vocação turística façam parte do mapa, pois dessa forma, o Estado conseguirá disseminar e articular junto aos gestores municipais estratégias e políticas que fortaleçam as atividades do setor nestas cidades, promovendo o desenvolvimento regional do turismo.
Já para o presidente da Associação Milagrense de Turismo Sustentável (Amitus), José Veloso, os municípios da Rota Ecológica, que ocupam o terceiro lugar em total de ocupação hoteleira, precisam se adequar aos compromissos exigidos pelo Mtur, para ter acesso a uma série de benefícios em fazer parte do mapa do turismo.