Municípios

Protesto em prol da educação ocupa as ruas de Murici em dia de paralisação

Trabalhadores da edução e membros do grêmio estudantil realizam manifestação para cobrar respostas da prefeitura

Por Sinteal 11/03/2020 14h02
Protesto em prol da educação ocupa as ruas de Murici em dia de paralisação
Foto: Reprodução

Em caminhada pelas ruas de Murici, trabalhadores da educação realizaram, na manhã desta quarta-feira (11), um grande protesto marca o dia de paralisação cobrando respostas da prefeitura, que se recusa a negociar sobre nosso reajuste salarial, estrutura das escolas, merenda, transporte escolar e outras pautas.

O município também aprovou uma mudança na previdência, e agora o desconto será de 14% no salário de todos, inclusive aposentados que passaram a vida contribuindo para ter direito ao benefício e desde o ano passado sem reajuste, a categoria vê as contas subindo e seu dinheiro reduzindo.  “Está reproduzindo a mesma crueldade do Governo do Estado, massacrando servidor público”, disse Consuelo Correia, presidenta do Sinteal.

Segundo Lúcia, dirigente do núcleo municipal do Sinteal em Murici, o último concurso público realizado foi em 2001, por isso o número de contratados chega a 90%. “O Sinteal exige concurso!”. Ela também relata que as creches de tempo integral estão funcionando apenas em um turno, porque falta estrutura.

“Com essa paralisação queremos também denunciar a gestão por irregularidades na educação. Ano passado o prefeito se comprometeu em fazer enxugamento de folha e resolver essas irregularidades, mas muita coisa segue do mesmo jeito: Funcionários fantasmas, pessoas recebendo acima do que o Plano de Cargos determina, e alguns recebendo recursos da Educação (FUNDEB) para exercer outras atividades, o que é ilegal”, explicou Consuelo.

Outra pauta debatida na ocasião, foi o rateio do FUNDEB. “Como não houve reajuste, em 2019 sobrou recursos, e deveria ser feito rateio com os trabalhadores, como manda a lei. Mas o prefeito também não fez esse pagamento”, completa Lúcia.

Ao final do protesto, o grupo se reuniu na porta da Prefeitura, com falas ao microfone e uma paródia chamando atenção da população de forma criativa sobre a pauta de luta da educação. A atividade contou com a participação de toda a comunidade escolar, inclusive representante dos grêmios estudantis.