Municípios

Em função da Covid-19, AMA e MPE/AL recomendam Junho sem fogos e fogueira

A dificuldade respiratória provocada pela fumaça pode funcionar como uma porta de entrada para infecções

Por AMA 03/06/2020 12h12
Em função da Covid-19, AMA e MPE/AL recomendam Junho sem fogos e fogueira
Junho sem fogos e fogueira - Foto: Divulgação

O mês de junho é tradicional para o Nordeste que festeja os dias dos santos Pedro, Antônio e João. Porém, 2020 está sendo um ano atípico e devido a pandemia de Covid-19, a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) recomenda que não soltem fogos, nem acendam fogueiras.

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) também recomendou às prefeituras que em respeito à saúde da população, e, em cumprimento aos Decretos Estaduais e Municipais, abstenham-se de promover quaisquer festejos juninos.

Segundo especialistas, a dificuldade respiratória provocada pela fumaça pode funcionar como uma porta de entrada para diversas infecções, como o coronavírus, que causa a Covid-19. Outro fator é que quem está se recuperando de Covid-19 não pode ter contato com a fumaça, pois tende agravar a doença.

As pessoas asmáticas estão sujeitas a necessitar de urgência hospitalar e, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), 61% do total de leitos para tratamento do novo coronavírus ocupados. Nos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), esse índice é maior, chegando a preocupantes 76% de ocupação em todo o estado.

“Sei que é a tradição do Nordeste, mas estamos pensando em vagas nos hospitais, que estão cada vez mais lotados. Todos os anos temos elevação de internação dos alérgicos ou por causa de acidentes de fogos. Com as fogueiras também surge o costume de reunir as pessoas e isso só aumenta nossa responsabilidade em fiscalizar as aglomerações”, destacou a presidente da AMA, Pauline Pereira.

Os prefeitos estão empenhados em aderir a campanha e buscar formas de conscientizar a população, mas se preocupam com a fiscalização. “Inhapi por exemplo nas 7.000 residenciais espalhadas em todo o território do município como a prefeitura com apenas 5 guardas municipais vai conseguir fiscalizar e proibir?”, destacou o prefeito de Inhapi, José Cícero.