Municípios
Covid-19: Para infectologista, flexibilização só deve acontecer com o controle de casos no interior
Fernando Maia é médico e presidente da Sociedade Alagoana de Infectologia
Mesmo com o Governo do Estado dando indícios de que a flexibilização acontecerá a partir do dia 1º de julho, o médico e presidente da Sociedade Alagoana de Infectologia e integrante do Grupo Técnico de Enfrentamento ao Covid-19 em Alagoas, Fernando Maia disse que não é momento de “cantar vitória e que não se pode dizer que os casos estão controlados em Maceió”. Segundo ele, só após esse controle dos casos no interior do Estado que se pode pensar em flexibilizar.
“Um dos critérios que se pensa para a flexibilização é a ocupação dos leitos de enfermagem e UTI. Enquanto nós estivermos com mais de 70% de ocupação, não é momento em flexibilizar”, disse o médico em entrevista ao AL TV no início da tarde de hoje (25).
O médico também reforçou que os casos do novo coronavírus estão avançando no interior e que a situação ainda é preocupante. “Sabemos que na capital as pessoas ainda conseguem evitar aglomerações. Elas podem comprar alimentos em vários supermercados, entre outras opções. Já no interior todo mundo vai para a mesma feira”, disse.
Para o médico é importante que a taxa de ocupação de leitos baixe. Já que, com os casos no interior, as pessoas vão se deslocar das cidades para a capital. “E aí vão faltar leitos, e as pessoas vão morrer sem conseguir internamento. Ainda não é o momento de flexibilizar”, reforçou.
Sobre a previsão, o presidente da Sociedade Alagoana de Infectologia disse que não dá pra pensar em flexibilização já que o vírus se comporta de maneira dinâmica. “É preciso que a gente acompanhe dia a dia para perceber como ele vai se comportar e aí sim pensar em flexibilização. Mas enquanto os casos crescem no interior não se pode pensar em reabertura”.
“Penso que no final de julho seria ideal para que começasse a flexibilizar. Era o que o Governo do Estado queria, mas acredito que isso não vai acontecer. Então é necessário que as pessoas continuem com as medidas de isolamento”, finalizou Maia.