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Gestores da Seris em Alagoas debatem oferta de trabalho à população prisional
Em videoconferência, policiais penais compartilham experiências exitosas de reinserção social dos custodiados
Gestores da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) participaram, entre 02 e 03 de julho, do II Seminário de Gestão, Fomento e Boas Práticas para a Oferta de Trabalho à Pessoa Presa, promovido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen). O evento teve como principal objetivo disseminar exemplos de sucesso na oferta de trabalho – mesmo diante da pandemia de Covid-19 – à população privada de liberdade em todo o país.
Nos dois dias de videoconferência, Cinthya Moreno e José Onésimo, policiais penais da Gerência de Educação Produção e Laborterapia (GEPL) da Seris, puderam expor a série de atividades desenvolvidas no sistema prisional alagoano voltadas à reinserção do apenado no mercado de trabalho, a exemplo das oficinas profissionalizantes da Fábrica de Esperança, onde os reeducandos aprendem técnicas como a do filé, pintura em tecido, marcenaria artesanal, entre outras.
“Foi um momento ímpar de troca de informações entre representantes de todos os estados. Cada qual fez sua abordagem sobre o que tem sido feito nas unidades prisionais do país, passando pelas oficinas de formação profissional até se chegar ao ciclo completo da ressocialização”, avaliou José Onésimo.
Segundo o gestor, foi discutida, ainda, a importância de parcerias no sentido de viabilizar o trabalho carcerário como ferramenta de reinserção do apenado na sociedade. Também foram debatidos temas voltados à adoção de novas tecnologias, além da necessidade de investimento em pessoal e da ampliação das oficinas profissionalizantes, sempre com vistas à redução da reincidência criminal.
E como não poderia deixar de ser, o trabalho de prevenção à Covid-19 também foi debatido durante o seminário, a exemplo do uso obrigatório de máscara de proteção. Mês passado, a Seris duplicou a produção de máscaras na oficina de corte e costura do Presídio do Agreste, que passou a contar com 40 reeducandos responsáveis por mais de duas mil unidades confeccionadas diariamente. O material, inclusive, também vem sendo doado a instituições de caridade e profissionais de saúde da rede pública.