Municípios
Aumento da seca em AL faz AMA pedir água potável para população
Esta semana, o Monitor de Secas, vinculado a Agencia Nacional de Águas- ANA – aponta que em Alagoas, em agosto, surgiu uma área de seca fraca no sul e leste do estado
Preocupada com o agravamento da seca e a falta de água para consumo humano, a presidente da AMA, prefeita Pauline Pereira alerta para a necessidade do retorno da operação “Água é Vida”, executada pelo governo do Estado. A presidente reconhece que houve uma boa quadra chuvosa para a agricultura, mas a água potável armazenada pela população está no limite. “O socorro só está chegando pelo Exército que, devido a pandemia do coronavírus, manteve a operação “Carro Pipa”, mas ela, sozinha é insuficiente”.
Desde que tomou posse , em janeiro, a presidente cobra ações da Defesa Civil Estadual e lembra que o ministério do Desenvolvimento Regional liberou R$ 10 milhões para ações em Alagoas. Com o atraso do cadastramento dos pipeiros e o início do inverno, os recursos não foram utilizados e continuam na conta do Estado.
Esta semana, o Monitor de Secas, vinculado a Agencia Nacional de Águas- ANA – aponta que em Alagoas, em agosto, surgiu uma área de seca fraca no sul e leste do estado, onde os impactos são de curto prazo. A mudança aconteceu devido às chuvas abaixo da média no último mês. Houve alteração nos impactos da seca fraca no Sertão, passando de longo prazo para curto e longo prazo. Entre julho e agosto a área com seca fraca saltou de 29,22% para 57,31% do estado.
O grau de severidade do fenômeno se mantém em Alagoas e mais sete estados. Agosto é o último mês do período chuvoso no litoral leste do Nordeste, na faixa que se estende desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, com valores de precipitação mensal acima de 150mm e ficaram abaixo da média.
O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. Em Alagoas, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 18 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido. O Monitor vem sendo utilizado para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca.